Segundo a tradição chinesa todo banquete deve ser acompanhado de uma bebida tradicional. É o que diz o ditado “wu jiu bu cheng xi” 无酒不成席, que traduz a importância de receber as pessoas com bebida e comida de qualidade.

A filosofia de Confúcio (551 – 449 a.C) prescreve que a hospitalidade é um grande valor e que é importante receber bem as pessoas e oferecer-lhes o melhor. A bebida alcóolica não é considerada apenas alimento, mas carrega aspectos emocionais, como um espírito nascido dos cereais.

O álcool tem a mesma pronúncia do caractere (jiu, para sempre) e sua pronúncia é semelhante aos caracteres (you, possuir) e (shou, longevidade), o que demonstra como esta tradição está ligada ao que é auspicioso.

Na Antiguidade, o álcool não podia faltar nas cerimônias de sacrifício, em banquetes de festa e nas grandes celebrações. A fabricação de bebida alcóolica na China existe há mais de seis mil anos. Novo métodos de fermentação e diversas pesquisas produziu bebidas completamente originais no país.

Os utensílios para beber também passaram por muitas transformações ao longo do tempo. Do zun (taça) até o zhong (copinho), muitos produtos surgiram, bem como os modos de consumo. Os chineses têm predileção pelo baijiu, licor branco, e huangjiu, vinho amarelo de arroz. Em festas com amigos e familiares é comum beber o baijiu e fazer desejos de prosperidade e bonança.

Costuma-se dizer na China que os sentimentos profundos estão enterrados na bebida alcóolica. Em ocasiões formais, a preocupação com o ambiente e a regras de etiqueta são complementares a qualidade da bebida oferecida. É importante ressaltar que os chineses acreditam no equilíbrio e no bem estar. Por isso, a bebida deve ser consumida com moderação.

 

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