Em 8 de janeiro lembra-se o dia do fotógrafo no Brasil. Nesta data destacamos artistas chineses presentes na Photographs of China. Lançada em 2011, a plataforma visa retratar a cena fotográfica chinesa, pouco conhecida fora da Ásia.
Segundo lembra sua criadora, Marine Cabos-Brullé, a fotografia contemporânea na China teve início em meados da década de 1970, e precisa ser compreendida sob um contexto sócio-histórico específico.
Atualmente, existem vários movimentos culturais na China que mesclam o método tradicional, com o uso de máquinas de filme, com a manipulação digital.
A seguir, apresentamos três fotógrafos chineses
Yang Yongliang
O trabalho fotográfico de Yang Yongliang, mexe com as noções antagônicas de utopia e distopia. Em sua obra, por vezes pensamos estar contemplando uma paisagem pacífica próxima à pintura tradicional chinesa, mas um olhar mais atento revela cenários intrigantes, repletos de elementos urbanos adicionados graças às técnicas digitais. Ele apresenta uma perspectiva que tende a enfocar as ruínas e a ausência de humanos.
“Do Novo Mundo”, de 2014
Zhang Dali
Zhang Dali é um artista chinês conhecido por suas esculturas, graffitis e pinturas. Ele faz investigações sobre a situação dos seres humanos. Nascido em 1963 em Harbin, estudou na Academia Central de Belas Artes de Pequim, graduando-se em 1987.
Após um tempo de estudos na Europa, retornou à China, sendo um dos expoentes únicos do graffiti em Pequim nos anos 1990. Sua arte fotográfica procura registrar encontros diários com o espaço urbano e a vida na capital chinesa. Na série “bamboos”, procura retratar a natureza hiperrealista e monumental dos “sobreviventes” das selvas de pedras urbanas.
Reconhecido internacionalmente, suas obras estão nas coleções do Museu de Arte Moderna de Nova York, o Smart Museum de Chicago e o Brooklyn Museum, entre outros.
Bamboo Series, de 2016. Imagem cortesia da Pekin Fine Arts
Li Wei
LI Wei nasceu em 1970, na província de Hubei, em uma vila rural às margens do rio Yangtze. Na faculdade, estudou pintura a óleo, mas quando passou a conviver com artistas como Zhang Huang e Ma Liuming, decidiu explorar a fotografia.
Suas obras são conhecidas pelo uso de elementos performáticos, que ela já transpôs para outros meios, como estátuas e vídeos.
O uso de técnicas de sobreposição lhe permite expressar sua visão de mundo fantástico, com o vôo sendo uma constantes. Wei utiliza cenários reais e fotografa com suas câmaras Hasselblad e Canon 5D Mark II. Em alguns casos, utiliza a assistência de uma equipe técnica para obter os resultados desejados.
Buda em Paris, de 2012.
