Pouco conhecido no mundo ocidental, o rock chinês ganhou força no país na década de 1980. Algumas letras de músicas tinham tom de protesto, característica compartilhada com diversas vertentes desse estilo musical. A força do rock chinês abriu portas para a entrada de outros estilos musicais na China, como o rap. Neste Dia Mundial do Rock, conheça mais sobre a sua influência na cultura chinesa.
Considerado o “Pai do Rock Chinês”, Cui Jian inovou ao trazer elementos ocidentais para a cena musical chinesa. Trompetista na Filarmônica de Pequim, Jian fez uma mistura de rock clássico, pop moderno e folk chinês. O resultado foi um som revolucionário que marcou a juventude da época e inspirou muitas bandas. O primeiro grande sucessos de Cui Jian foi sua música de estreia, a balada “Nothing to My Name”.
Quando provou-se que os chineses poderiam fazer seu próprio rock, diversas nuances começaram a surgir através dos novos grupos musicais. He Yong ajudou a construir a cena punk chinesa com seu álbum “Garbage Dump”. Outro destaque foi o romântico cantor Zhang Chu, que ficou conhecido como “o solitário poeta-cantor”. Dou Wei introduziu o rock experimental, trazendo novas possibilidades e transformando o estilo musical.
A década de 90 foi marcante na construção de novos estilos dentro do rock chinês. O rock progressivo da banda Tang Dinasty fez crescer a vertente no país, sendo acompanhado do trash e death metal de bandas como o Overload. O punk chinês atingiu seu ápice na mesma época com o som visceral da banda Underbaby. Nos dias de hoje, esses estilos têm cada vez menos aderência do público, mas suas influências na música seguem fortes.
Com o passar dos anos e com a globalização, o rock chinês se transformou. As músicas deixaram de lado o cunho político e continuam mesclando influências ocidentais, sem perder sua essência. O urban folk atrai cada vez mais os “novos roqueiros” com sua mistura de tradição e cultura pop. Esse estilo musical mescla o folk chinês a elementos do rock e fala de temas do cotidiano moderno.
