Aclamada pela bilheteria global, a franquia chinesa Detetive Chinatown, que acumula mais de US$ 1,8 bilhão em receita, chega aos cinemas do Brasil hoje, 15 de maio, com seu capítulo mais ambicioso: “Detetive Chinatown: O Mistério de 1900”.
A trama abandona o cenário contemporâneo dos filmes anteriores para mergulhar no San Francisco do início do século XX, explorando tensões sociais e um assassinato que abala a comunidade chinesa local. Com roteiro ágil, o filme combina investigação, reviravoltas e humor, mantendo a fórmula que consagrou a série.
Franquia bilionária
Desde sua estreia em 2015, a série conquistou fãs com casos investigativos protagonizados por Tang Ren (Wang Baoqiang) e Qin Feng (Liu Haoran), que já desvendaram crimes em Bangkok, Nova York e Tóquio. O novo filme, porém, é um prelúdio: ambientado em 1900, revela as origens da dinâmica entre detetives e vilões, enquanto critica a xenofobia e a Lei de Exclusão Chinesa, política americana que marginalizou imigrantes na época.
Wang Baoqiang e Liu Haoran retornam, mas em papéis inéditos: Wang interpreta Ah Gui, um caçador indígena em busca de vingança, enquanto Liu vive Qin Fu, médico tradicional recrutado para desvendar o assassinato da filha de um congressista (John Cusack). A investigação é liderada por Bai Xuanling, vivido pelo veterano Chow Yun-Fat (O Tigre e o Dragão). Pela primeira vez, o diretor Chen Sicheng divide a direção com Dai Mo, resultando em uma narrativa ágil e visualmente impactante, com cenários que recriam detalhes históricos de São Francisco.
Crítica social entre reviravoltas
Chama atenção o fato de um filme de comédia também abordar temas como identidade cultural e resistência. A trama expõe a violência contra chineses em solo americano, enquanto celebra tradições medicinais e a resiliência da comunidade. “É uma história sobre lutar por justiça, mesmo quando o sistema está contra você”, explica Chen Sicheng, que já dirigiu os anteriores.
Com trilhas sonoras envolventes e um orçamento robusto, O Mistério de 1900 busca repetir o sucesso do último filme da franquia, que arrecadou US$ 496 milhões globalmente em 2025. Para os fãs, a promessa é de uma experiência cinematográfica imersiva — onde cada pista escondida e diálogo afiado ganha vida nas telas.
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