Durante a Cúpula do BRICS, realizada na África do Sul em agosto, foi lançada oficialmente a “Aliança de Think Thanks e Mídias da China-América Latina e Caribe”.
A iniciativa reúne 18 órgãos de mídia da China, Argentina, Brasil, Chile, México e Peru. Para representar o Brasil, foi indicado o site Brasília in Foco, referência de coberturas do meio diplomático.
A editora-chefa do Brasília in Foco, Fabiana Ceyhan, estava em Joanesburgo e participou do “BRICS Seminar on Governance and Cultural Exchange Forum“, onde falou sobre ética e justiça nas relações entre pessoas e países.
Conforme a organização, a Aliança visa “aprofundar os intercâmbios e a aprendizagem mútua entre as civilizações chinesa e latino-americana e caribenha, fortalecer os laços entre os povos, promover o entendimento mútuo e criar um futuro melhor para a China e as Américas”.
Lançamento nas Américas
A Aliança é uma iniciativa do Centro do Grupo de Comunicações Internacionais da China para as Américas (CICG Américas). O início dos trabalhos do grupo no continente americano ocorreu na Argentina, em 11 de setembro.
Em nome dos membros da Aliança, o presidente do CICG Américas, Li Yafang, leu a Declaração Conjunta, que diz:
“Após ampla comunicação e consultas, nós, a mídia e os grupos de reflexão da China, Argentina, Brasil, Chile, México e Peru, chegamos a um consenso para estabelecer os Grupos de Reflexão e a Aliança de Think Tanks e Mídia China e América Latina-Caribe. Eles irão aprofundar os intercâmbios e a aprendizagem mútua entre as civilizações chinesa e latino-americana e caribenha, melhorar os laços entre os povos, promover a compreensão mútua e criar um futuro melhor para a China e a América Latina e o Caribe.
Lutaremos por um ambiente internacional mais equitativo e justo, para que os países em desenvolvimento possam ser ouvidos. Trabalharemos lado a lado para promover a paz mundial e o desenvolvimento global.
A China e os países da América Latina e do Caribe estão distantes geograficamente, mas os seus povos têm um sentido natural de proximidade. Ambos os lados defendem o respeito mútuo e a igualdade de tratamento, a unidade e a cooperação, além do benefício mútuo e o desenvolvimento comum.
Atualmente, as relações entre a China e a América Latina e o Caribe (ALC) atravessam o melhor período da história, oferecendo as melhores oportunidades e circunstâncias para colaboração. As pessoas de ambos os lados apelam a uma maior compreensão mútua e intercâmbios. Os meios de comunicação social e os grupos de reflexão têm vantagens na melhoria dessa compreensão mútua, na consolidação do consenso sobre o desenvolvimento, na promoção do intercâmbio e da aprendizagem mútua, e assim poderão desempenhar um papel mais construtivo no futuro.
Os integrantes da Aliança defendem os conceitos de abertura, inclusão, igualdade, cooperação e amizade, centrados na relação mútua de confiança, assistência, benefício e aprendizagem.
Os membros da Aliança construirão plataformas cooperativas de divulgação, intercâmbio, diálogo, pesquisa e formação de talentos, trocando informações, produzindo entrevistas em parceria, produções conjuntas, trocas de material, visitas de pessoal, formação profissional, seminários acadêmicos, projetos de pesquisa, e outras ações que ajudem a alcançar a interconexão de recursos de mídia e grupos de reflexão entre a China e a América Latina e Caribe.
O mundo de hoje enfrenta mudanças sem precedentes em mais de um século. Buscar o desenvolvimento e a cooperação é a aspiração comum dos países em desenvolvimento.
Diante desse panorama internacional em que mudanças e incertezas se cruzam, esperamos, através dos esforços conjuntos dos membros da Aliança, fornecer ao mundo informações mais objetivas, autênticas e precisas na busca do desenvolvimento global, da segurança global, do fortalecimento da Cooperação Sul-Sul e da promoção da civilização humana. Através dos esforços conjuntos de todos os membros, esperamos também desempenhar um papel ativo na promoção da construção de uma ordem internacional justa e equitativa, bem como na construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”.
Com informações de Beijing Review