A ex-presidente Dilma Rousseff permanecerá à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco do Brics, por mais cinco anos.
Dilma assumiu a presidência do banco em março de 2023, em mandato que se encerraria em julho deste ano. Com a reeleição, continuará liderando a instituição, sediada na China, até 2029.
O NBD foi criado em 2015 pelos países-membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e tem como objetivo financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável. A presidência da entidade é definida por um sistema de rodízio entre os países fundadores.
Fortalecimento das relações Brasil-China
Após dois anos à frente do banco, Dilma Rousseff avaliou positivamente sua gestão, destacando o fortalecimento da cooperação entre Brasil e China. Um dos principais avanços nesse período foi a proposta de “sinergias” econômicas entre os dois países, anunciada oficialmente em novembro de 2023, durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil.
O Brasil ainda não aderiu à Iniciativa do Cinturão e Rota, projeto global de infraestrutura promovido por Beijing e conhecido como a “Nova Rota da Seda”. Mesmo assim, os dois países optaram por explorar parcerias estratégicas em setores específicos, criando forças-tarefa para estruturar propostas de cooperação.
Entre os projetos discutidos entre Brasil e China, um dos mais aguardados é a ferrovia transoceânica, que facilitaria o escoamento da produção agrícola brasileira pelo Oceano Pacífico, reduzindo custos logísticos para exportação, especialmente para o mercado chinês.
Uma missão brasileira coordenada pela Casa Civil estava prevista para visitar Beijing neste mês com o objetivo de fechar novas parcerias. Fontes diplomáticas indicam que há alguns projetos na área financeira em fase avançada de negociação.
Visitas do Ibrachina a Dilma
O presidente do Ibrachina, Thomas Law, esteve com a ex-presidente Dilma na sede do NBD duas vezes. Em novembro de 2023, liderou uma comitiva para conhecer as ações do banco em sua sede, na cidade de Xangai.
Em junho de 2024, liderou a missão brasileira formada por professores e alunos pós-graduandos do Centro de Estudos e Direito Econômico e Social (CEDES) e juristas do Instituto Brasileiro de Ciências Jurídicas (IBCJ).