Ieoh Ming Pei, considerado um dos maiores arquitetos do mundo, ganhou notoriedade por ter projetado a pirâmide do Louvre em 1989. Autor de projetos importantes em muitos países, morreu na noite desta quinta-feira (16), aos 102 anos.
Pei nasceu em Guangzhou e cresceu em Hong Kong e Shanghai. Inspirou-se desde cedo nos belos jardins de Suzhou. Em 1935, ele se mudou para os Estados Unidos para iniciar os estudos em arquitetura na Universidade da Pensilvânia. Pouco tempo depois, transferiu-se para o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Apaixonado pela arquitetura contemporânea, uniu-se a Walter Gropius e Marcel Breuer na Escola de Arte Bauhaus. Em 1955, fundou seu escritório em Nova Iorque, o Pei Cobb Freed & Partners.
A pedido do presidente francês, François Mitterrand, Pei desenvolveu o projeto da pirâmide do Museu do Louvre. Ousado e inovador, a proposta consistia na construção de uma pirâmide de vidro de 21 metros de altura na esplanada central do terreno.
A estrutura funcionaria como uma das entradas para as galerias subterrâneas, uma espécie de entrada central. O projeto foi pauta de muitas discussões, uma vez que misturava a arte moderna com a arquitetura clássica do museu.
Em seis décadas de história, Pei projetou o prédio do Banco da China em Hong Kong, o prédio da Galeria Nacional de Arte em Washington DC, a Biblioteca Presidencial JFK em Boston, além do ícone norte-americano, o edifício do Hall da Fama em Cleveland.
Arrojado e inovador, seus projetos estabelecem um diálogo entre o moderno e o clássico. Pei ficou conhecido pelo uso de figuras geométricas simples, como triângulos, círculos e quadrados.
Seu último projeto foi o Museu de Arte Islâmica de Doha (Qatar), em 2008. Ao falar da arquitetura, Pei costumava dizer que os arquitetos deveriam conhecer profundamente a herança arquitetônica das diversas cultura ao invés de apenas repetirem o estilo Ocidental.