No mercado mundial de celulares, três marcas foram dominantes no ano passado: Apple (EUA), Samsung (Coreia do Sul) e Xiaomi (China). Juntas, foram responsáveis por mais da metade das vendas de 1,1 bilhão de aparelhos comercializados em 2023.
Os especialistas identificaram um novo crescimento da popularidade de aparelhos chineses no mercado de vários países, inclusive no Brasil. Atualmente, os fabricantes chineses competem de igual para igual em termos de design, câmera potente e desempenho robusto.
Lucas Gilbert, chefe de produtos da Allu, maior plataforma de assinatura de eletrônicos da América Latina, explica que os modelos chineses, “além de oferecer muita tecnologia, design bonito e câmeras potentes, possibilitando fotos de alta resolução, têm preço acessível”.
A participação dos celulares de marcas chinesas no mercado brasileiro vem crescendo desde 2019. Em 2018, eles tinham somente 0,5% de participação. No ano passado, abocanharam mais de 15% das vendas no país.
O ranking da AnTuTu Benchmark, ferramenta de avaliação comparativa para smartphones, mostra que os aparelhos com tecnologia chinesa constantemente ocupam as primeiras posições. Além da Xiaomi, aparelhos das marcas chinesas Vivo, Transsion e Oppo também se destacam.
A plataforma StatCounter, que acompanha o mercado de smartphones, mostra que a Xiaomi se consolidou no Brasil. Aparelhos da Samsung ainda são os preferidos, com 37,5% das vendas. Em seguida, vem a Motorola (que pertence ao grupo chinês Lenovo), com 19,1% das vendas. Logo depois, a Apple, com 18,2%. A Xiaomi aparece em quarto lugar com 15,3% do mercado.
A tendência é que, em 2024, a participação chinesa aumente no mercado nacional. A marca Infinix, que pertence à Transsion, vem sendo distribuída pela Positivo no Brasil, com produção dos aparelhos nas fábricas localizadas em Manaus e Ilhéus.
Além disso, a chinesa TCL voltou a produzir celulares no Brasil, em outubro passado, numa parceria com a brasileira GBR Componentes, na Zona Franca de Manaus.