Wuxia é um gênero de ficção tipicamente chinês, que envolve o mundo das artes marciais. Esse estilo literário geralmente apresenta lutas de espadas e técnicas de kung-fu.
A palavra wuxia é a junção de dois termos. Wu (武), que significa “militar” ou “armado”, e xia (俠), que remete a “honrado” ou “herói”. O termo faz relação com as lutas e táticas militares de guerra, sempre apresentando um senso de justiça, cavalheirismo e altruísmo.
Origem do Wuxia
Acredita-se que o wuxia apareceu no período dos Reinos Combatentes na China (480 a 221 a.C.), quando havia muitas batalhas e surgiram heróis de guerra. Nessa época, aumentaram os debates intelectuais sobre assuntos como confucionismo, taoismo e sobre a figura do Shì, um servidor público honrado ao estado exímio em combate.
São 2.300 anos de histórias produzidas misturando ficção com situações reais, sempre apresentando valores chineses. Esses contos e ensinamentos antigos são bastante populares até hoje, servindo para mostrar a tradição por meio da literatura.
Essa mistura de fantasia e artes marciais, descrevendo combates em um mundo medieval imaginário já teve adaptações para séries, filmes e novelas.
Principais histórias
Entre milhares de histórias produzidas neste estilo, um autor se destaca por ter tornando o wuxia popular: Jing Yong. Suas obras já foram traduzidas para vários idiomas e algumas se tornaram filmes, novelas e séries.
A adaptação mais conhecida é o premiado filme “O Tigre e o Dragão”, que venceu 4 Oscar e um Globo de Ouro. Lançado em 2000, o longa conta a história de duas lutadoras que vivem no período da Dinastia Qing. O destino une essas mulheres, conduzidas para uma jornada de muita violência onde precisarão fazer escolhas que irá mudar suas vidas.
Muitos livros desse gênero ainda não chegaram ao Brasil. Entretanto, o leitor com fluência em inglês encontrará diversas opções para conhecer o estilo. Também há filmes bem representativos do wuxia no streaming, como Iceman: A Roda do Tempo (Bing Feng Xia, de 2014), The Forbidden Kingdom (O Reino Proibido, de 2008) ou Yīngxióng (Herói, de 2002).