As exportações do Brasil para China, em 2023, bateram recorde. Foram US$ 105,7 bilhões (R$ 514 bi) em vendas ao parceiro asiático no ano passado, 16,5% a mais que em 2022.
O dado foi divulgado ela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria e Comércio, superando a previsão da equipe econômica do governo brasileiro, que previa um teto de até US$ 90 bilhões de envios brasileiros à China.
As vendas para a China representam cerca de um terço e todo comércio brasileiro, que foi de U$ 339,6 bilhões. Além da soja, minério e petróleo, a chegada do milho na cartela de negócio impulsionou a relação comercial entre os dois países. A China continua sendo o principal fornecedor brasileiro, com 22,1% das importações.
O superávit do comércio bilateral com os chineses foi recorde, ultrapassando US$ 51 bilhões. O valor equivale a mais que a metade do saldo comercial total brasileiro em 2023, que atingiu a marca histórica de US$ 98,8 bilhões.
Sem o dólar
Em outubro, o Banco da China Brasil anunciou um feito inédito, que foi a primeira transação completa entre uma empresa brasileira e uma chinesa utilizando apenas reais e yuans, as moedas locais dos dois países, evitando o câmbio em dólar.
De acordo com a instituição financeira chinesa, a operação foi efetuada entre os meses de agosto e setembro, e tratou-se de um negócio de exportação de celulose da Eldorado Brasil, empresa de São Paulo com representação em Xangai.