O Grande Buda de Leshan está situado na convergência dos rios Minjiang, Dadu e Qingyi. A escultura de 71 metros de altura possui mais de 1.300 anos e é considerada a maior representação de Buda no mundo. Foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1996 e é considerado um local sagrado, atraindo budistas do mundo inteiro.
Acredita-se que a estátua tenha começado a ser construída no ano 713, durante a Dinastia Tang (618 – 907). Um monge chamado Haitong decidiu esculpir uma grande estátua de Buda ao lado do rio, esperando que isso acalmasse as águas turbulentas que atrapalhavam a navegação. Para iniciar a construção, o monge pediu esmolas para as pessoas da região e para o governo. Para provar sua honestidade e devoção, a lenda diz que Haitong arrancou os próprios olhos. O projeto estava quase terminado quando o monge faleceu, e o trabalho foi continuado por dois de seus discípulos. A estátua foi concluída em 803.
A construção representa o Maitreya Buda, o renovador do budismo. Segundo a tradição desta filosofia, Maitreya é um bodhisattva que aparecerá na Terra, alcançará a iluminação completa e ensinará o puro dharma.
A estátua é feita de pedra, exceto as orelhas que foram feitas de madeira e cobertas de argila depois de fixadas. Comporta um complexo e engenhoso sistema de drenagem interno: passagens instaladas no cabelo, no colar, no peito e na parte de trás das orelhas do Buda impediram a ação do tempo ao longo dos milênios. Inicialmente a estátua era protegida por um pavilhão de madeira de treze andares, mas a estrutura foi saqueada durante a Dinastia Ming (1368 – 1644).
No início de cada Ano Lunar, os chineses peregrinam até o Grande Buda de Leshan para pagar suas promessas e pedir prosperidade. A subida de cerca de 250 degraus até o mirante próximo à cabeça da estátua pode levar horas, e muitas pessoas acabam optando por passeios de barco. Todos procuram um espacinho para acender incensos e rezar para que Maitreya lhes conceda sorte no ano que inicia.