Foto de capa: Leo Correa/AP
Uma portaria divulgada pelo Ministério da Saúde institui a criação de Centros Comunitários de Referência para testagem e identificação precoce da COVID-19. Os espaços deverão custar R$ 300,9 milhões ao governo federal e serão estruturados por prefeituras municipais e pelo Distrito Federal em comunidades e favelas.
Os centros também farão o acompanhamento dos casos suspeitos ou confirmados, atendimento aos casos leves e referenciamento para pontos de atenção da rede de saúde dos casos graves.
Wuhan realizou testes de coronavírus em quase 10 milhões de pessoas em pouco mais de duas semanas. Autoridades também afirmaram que os 300 resultados positivos eram de pacientes assintomáticos. Moradores formaram filas por toda cidade em locais improvisados, instalados em tendas de campanha, estacionamentos, parques e áreas residenciais. Durante esse período, cerca de meio milhão de testes foram realizados por dia.
A confiabilidade dos dados na China tem sido muito questionada, especialmente pelos Estados Unidos, que acusam o governo chinês de não ter compartilhado todas as informações sobre o vírus com a comunidade internacional. A maratona de testes de coronavírus em Wuhan custou ao governo da cidade cerca de 900 milhões de iuanes (US$ 127 milhões), segundo o vice-prefeito Hu Yabo.
Pesquisadores da Fiocruz que trabalham no sequenciamento do genoma do novo coronavírus descobriram que as cepas que circulam no Brasil se assemelham às encontradas na Europa, na América do Norte e na Oceania. A descoberta indica que o patógeno que causa a COVID-19 entrou no país por diversos pontos.
A identificação foi feita durante o desenvolvimento de um novo protocolo para o sequenciamento do novo coronavírus, uma parceria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) com a University College London, no Reino Unido.
Foram decodificados 18 genomas completos em amostras de pacientes de cinco estados – Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina – e do Distrito Federal. Os dados foram inseridos na plataforma Gisaid, que compartilha informações de genomas dos vírus Influenza, Sincicial Respiratório e Sars-CoV-2, e já tem 35 mil sequências genômicas do novo coronavírus.
O presidente italiano Sergio Mattarella advertiu que “a crise do novo coronavírus na Itália não terminou”’. O presidente se declarou orgulhoso de seu país e destacou a unidade moral dos italianos para enfrentar o vírus. “Este espírito de unidade será o motor do renascimento”, afirmou o chefe de Estado, cujo discurso foi elogiado por vários políticos.
Lojas, cafés e outros estabelecimentos comerciais reabriram, assim como a grande maioria dos monumentos e locais históricos e turísticos, como a Basílica de São Pedro, o Coliseu, a Torre de Pisa, as catedrais de Milão e Florença, os museus do Vaticano, entre outros. Última etapa da suspensão das restrições, as fronteiras devem ser reabertas amanhã, e os italianos poderão viajar livremente entre as regiões.
A pandemia de coronavírus deve derrubar as exportações brasileiras de commodities para a China neste ano em até US$ 2,796 bilhões (cerca de R$ 15,4 bilhões), estima o economista Marco Fugazza, da agência para comércio internacional da ONU, a Unctad.
Embora o Brasil possa ter uma alta no valor exportado em grãos e outros produtos agrícolas brutos, como algodão, ela não deve compensar as perdas nas vendas de energia (petróleo bruto), minerais e alimentos processados (como açúcar). No melhor dos cenários previstos por Fugazza, a perda das exportações brasileiras para a China será de US$ 939 milhões, ou pouco mais de R$ 5 bilhões.
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