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Um novo medicamento promissor contra a Covid-19 começa a ser testado no Brasil. O estudo da fase 2b / 3 tem como objetivo avaliar a eficácia do composto de tripla ação ABX464 na prevenção da inflamação grave em pacientes de alto risco para complicações da doença. O medicamento desenvolvido pela empresa francesa de biotecnologia Abivax, tem ação anti-inflamatória, antiviral e regenerativa.
“A ideia é começar a tratar o paciente diagnosticado logo no início da infecção. Se funcionar, vai ser uma revolução porque vai reduzir muito a mortalidade ”, disse o imunologista Jorge Kalil, professor titular de imunologia clínica e alergia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenador do estudo miR-AGE no Brasil, com o apoio dos pesquisadores Pedro Giavina Bianchi e Sila Campos.
O ABX464 foi criado para tratar doenças inflamatórias graves, como a colite ulcerosa. Como aconteceu com o remdesivir, que foi desenvolvido para o tratamento do Ebola, análises in vitro indistintas que o composto é capaz de evitar a replicação do SARS-CoV-2, nome oficial do novo coronavírus humano, em células pulmonares.

Quinze casos suspeitos de reinfecção pelo novo coronavírus estão sendo investigados em São Paulo. O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina, que não início do mês acompanhava dois casos do tipo, agora passado a acompanham pessoas, e montou um laboratório para se dedicar aos estudos. O HC de Ribeirão Preto, no interior do estado, investiga oito pacientes com suspeita de reinfecção.
A discussão sobre a suspeita de reinfecção em pacientes em São Paulo aumentou há duas semanas, com o relato de uma técnica de enfermagem de Ribeirão Preto. Ela apresenta os sintomas da Covid-19 em maio, dados em que foi realizado o primeiro exame RT-PCR. O resultado deu negativo, mas, como os sintomas persistiram, o exame foi repetido no nono dia, confirmando a presença do vírus. No 10 ° dia, os sintomas desapareceram. No entanto, em 27 de junho, 38 dias depois, a paciente voltou a apresentar sintomas. Apesar de relatos diferentes, o novo RT-PCR deu positivo novamente.

Um estudo publicado no site bioRxiv descobriu que o coronavírus pode sobreviver a até três semanas em carnes e peixes congelados. Para chegar à conclusão, os pesquisadores coletaram pedaços de salmão, frango e porco em supermercados de Singapura e adicionaram uma amostra do coronavírus a eles. Depois, os alimentos foram armazenados a uma temperatura de -39ºC, semelhante às usadas para transporte internacional, e -20ºC, temperatura de congelamento padrão. Após 21 dias, uma análise mostrou que o vírus ainda estava presente nas amostras. O estudo ainda precisa passar por revisão de pares, mas já é um bom indicativo de que é preciso mais prevenção do que o imaginado anteriormente.

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, com ratos, mostrou que a vacina contra o novo coronavírus administrada de forma nasal pode induzir uma resposta imune do corpo contra a doença. Ainda sem revisão pelos pares, o estudo mostra que esse tipo de vacina pode ser até mais eficaz do que a opção injetável com os mesmos componentes.
O resultado observado por eles ao expor os animais ao SARS-CoV-2 após uma vacinação injetável foi de que eles não demonstraram nenhum sinal de infecção em seus pulmões, embora tivessem uma pequena quantidade do RNA viral nos órgãos. Já os animais que receberam a versão nasal da vacina não tiveram sequer uma quantidade de RNA viral em seus pulmões — o que, para os autores, mostra que a proteção administrada no nariz dos indivíduos pode ser até mais efetiva do que a comum.

Em Xangai, restaurantes e bares em muitos bairros estão lotados. Em Pequim, milhares de alunos estão voltando ao campus para o semestre de outono. Em Wuhan, os parques aquáticos e os mercados noturnos estão apinhados de gente, zumbindo como antes.
Enquanto os Estados Unidos e grande parte do mundo ainda lutam para conter a pandemia do coronavírus, a vida em muitas partes da China nas últimas semanas tornou-se notavelmente normal. As cidades abrandaram as regras de distanciamento social e as máscaras, e as multidões estão novamente enchendo os locais turísticos, cinemas e academias.
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