Uma missão científica chinesa chegou a Lima trazendo um lote de vacinas contra a COVID-19 que, em fase de testes, será administrada em 6.000 voluntários peruanos a partir da próxima semana, informou o governo.
O ministro das Relações Exteriores do Peru, Mario López, a ministra da Saúde, Pilar Mazzetti, e a embaixadora da China em Lima, Liang Yu, receberam no aeroporto a equipe que vai coordenar os testes clínicos da vacina, elaborada pelo grupo chinês Sinopharm.
Os seis mil voluntários, entre 18 e 75 anos que não contraíram o novo coronavírus, são recrutados pelas universidades Cayetano Heredia e San Marcos, que apoiam pesquisas chinesas no Peru. Segundo os pesquisadores peruanos responsáveis pelos ensaios clínicos, duas cepas do vírus e um placebo serão inoculados aleatoriamente nos voluntários.
O secretário-executivo, Élcio Franco, disse que o Ministério da Saúde irá incentivar a vacinação para imunização da população contra a Covid-19, apesar de não ser obrigatória, durante coletiva realizada na noite de hoje.
“A vacinação é uma das principais medidas de prevenção para uma série de doença. Ela tem importância ímpar na imunização ou até mesmo na redução de doenças”, disse ele, lembrando que o país possui um dos melhores programas de vacinação do mundo, com cerca de 300 milhões de doses anualmente. Ainda durante a coletiva, Franco voltou a dizer que o Brasil só irá receber o primeiro lote da vacina em dezembro, e a imunização em janeiro, caso tudo dê certo.
O Estado de São Paulo apresentou uma redução de 14% no número de mortes por coronavírus em agosto em comparação ao mês de julho, conforme anunciou o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, em coletiva de imprensa. “É o primeiro mês com registro de queda desde o início da pandemia”, destacou. “E os dados de hoje mantém essa tendência.”
A projeção é que os números alcancem entre 900 mil e 1 milhão de casos ainda na primeira quinzena de setembro, enquanto o número de mortes no mesmo período é estimado entre 33 mil e 38 mil. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 75,8% do total.
Pacientes adultos internados com quadro grave de coronavírus que receberam corticóide ficaram 2,6 dias a menos no respirador mecânico que os pacientes que não receberam a droga. A conclusão é de um estudo brasileiro publicado nesta quarta-feira (2) na revista científica “Journal of the American Medical Association” (JAMA).
Segundo os pesquisadores, o corticóide foi capaz de recuperar mais rapidamente o pulmão dos pacientes, diminuindo a permanência deles na ventilação mecânica e, consequentemente, diminuindo as chances de complicações da doença. Os resultados demonstraram, em linhas gerais, que a administração de corticoides reduz a mortalidade em pacientes graves com coronavírus.
A gigante farmacêutica francesa Sanofi disse nesta quinta-feira (3) que iniciaria testes em humanos da vacina potencial contra o coronavírus, desenvolvida com a empresa britânica GSK, após testes preliminares com resultados promissores.
A vacina à base de proteína, de propriedade da Sanofi e usada para tratar a gripe, foi combinada com um complemento desenvolvido pela GSK, conhecido como adjuvante, que aumenta a resposta imunológica do receptor.
Diariamente, o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira: