Foto de capa: Rahel Patrasso / REUTERS
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O coronavírus atingiu a marca de 1,5 milhão de pessoas infectadas em todo o mundo. Os Estados Unidos seguem como o país com mais casos confirmados da doença. Até o momento, mais de 432 mil pessoas infectadas e 15 mil mortes foram registradas. Por dois dias consecutivos, os EUA tiveram quase duas mil mortes em um prazo de apenas 24 horas.
O 2º país com o maior número de infectados é a Espanha, com mais de 150 mil casos. Mais de 15 mil morreram e 52 mil já se recuperaram. O governo espanhol pretende estender as medidas de isolamento no país até 26 de abril.
A Itália, que chegou a liderar o número de óbitos em decorrência da COVID-19 no mundo no mês de março, pode começar a suspender gradualmente algumas restrições em vigor até o fim de abril. A condição é que a disseminação da doença continue a diminuir, disse o primeiro-ministro, Giuseppe Conte.
O Brasil ocupa atualmente o 14º lugar no ranking mundial de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Vinte dias atrás, o país estava bem mais atrás, em trigésimo. Em novo balanço divulgado na tarde desta quinta-feira, o Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta confirmou 17.857 pacientes infectados e 941 óbitos em decorrência da doença. A taxa de letalidade atualmente é de 5,3%, mas muitos fatores podem influenciar, como os casos de subnotificação por ausência de testagem para o vírus.
Um grupo de pesquisadores europeus fez um alerta para a falta de credibilidade de previsões sobre a pandemia. Os profissionais afirmam que algumas das predições, baseadas em levantamentos frágeis em sua maioria, podem levar a enganos. O desejo por respostas diante da pandemia do novo coronavírus para ajudar governos a adotarem as melhores medidas de combate à doença faz cientistas publicarem dados de pesquisa a toque de caixa.
De acordo com um artigo publicado na revista The British Medical Journal, os pesquisadores analisaram 31 modelos usados em 27 estudos para detectar e diagnosticar a infecção. Em todos esses modelos foi encontrado um alto risco de presença de resultados tendenciosos. A falta de uma amostra representativa de pacientes nas pesquisas, a exclusão de participantes no meio dos experimentos e análises estatísticas insuficientes são as principais causas apontadas pelos autores do artigo.
A cloroquina/hidroxicloroquina, medicamento estudado por vários países para tratamento de pacientes com sintomas da COVID-19, não possui eficácia cientificamente comprovada para este fim. Os testes clínicos já realizados suscitaram diversos debates. Apesar de alguns casos de pessoas que foram “curadas” com a medicação, pesquisas mostram que há casos de efeitos colaterais graves. A cloroquina é usada no tratamento da malária, da artrite reumatoide e da lúpus, e é vista por muitos governantes, como Donald Trump e Jair Bolsonaro, como a solução para a COVID-19.
O Ibrachina publicou hoje uma matéria listando as substâncias e medicamentos já existentes para outras doenças que passam por testes clínicos em diferentes países para entender sua eficácia no tratamento de pacientes com o coronavírus.
O governo brasileiro começou a pagar hoje o auxílio emergencial de R$600 para trabalhadores informais que viram os seus rendimentos caírem por conta do fechamento de empresas em todo o país. Os primeiros a receber são os trabalhadores que já têm conta poupança na Caixa ou conta corrente no Banco do Brasil e estavam registrados no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
O governo iniciou uma movimentação para marcar uma conversa entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para discutirem a preocupação com o orçamento e a aprovação de ajuda econômica em meio à pandemia do coronavírus. Um projeto de ajuda financeira aos estados para mitigar a queda na arrecadação de impostos em razão da crise do coronavírus está em desenvolvimento neste momento, mas a falta de um consenso sobre as propostas adiou sua votação para semana que vem.
Fechando o boletim de hoje, uma boa notícia: uma idosa de 95 anos foi a primeira paciente infectada pelo coronavírus a ter alta em um hospital de Santos, no litoral de São Paulo. A idosa ficou internada durante uma semana com fortes sintomas da doença e, no dia da alta, toda a equipe médica preparou uma surpresa para que o momento fosse especial.
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