Nativos da China central, os pandas-gigantes são encontrados na região montanhosa das províncias de Sichuan, Shaanxi e Gansu. Vários fatores, como desmatamento e a rápida urbanização do território chinês, ajudaram a expulsar os animais das áreas de planície e os restringiu às montanhas.
Considerados animais em vias de extinção, os pandas receberam atenção especial da Associação de Conservação e Vida Selvagem da China. O governo criou um programa de pesquisa e de reprodução controlada. Atualmente existem cerca de 1.800 desses animais vivendo na natureza. Outros 600 estão em zoológicos e centros de reprodução em todo o mundo.
Embora seja um número ainda pequeno, a espécie passou para a categoria de “vulnerável” na lista da União Internacional para a Conservação da Natureza. Isso foi resultado de “melhores condições de vida e dos esforços da China em manter seus habitats integrados”, explicou Cui Shuhong, chefe do departamento de conservação da natureza e ecologia do Ministério do Meio Ambiente.
Na China, os pandas são considerados um “tesouro nacional” e um símbolo do país. Eles também fazem parte da diplomacia internacional desde a década de 1950, pois o governo empresta casais de pandas-gigantes a zoológicos de várias nações, como um símbolo de amizade.
Quando foi anunciado que eles não estão mais correndo risco de extinção, a notícia foi muito comemorada nas redes sociais chinesas. Na plataforma de microblogging Weibo, por exemplo, hashtags sobre o tema foram usadas quase 10 milhões de vezes em uma semana.
Vale destacar que os esforços contínuos da China para preservar a biodiversidade afetou significativamente a população de outros animais. Houve um aumento considerável no número de tigres siberianos, leopardos-de-amur, elefantes asiáticos e íbis-de-crista.