A China é conhecida como o país que deu origem ao chá. Segundo a lenda, o Imperador chinês Shen Nung, em 2.737 a.C., fervia água para beber quando algumas folhas de uma árvore próxima caíram na panela. Uma bebida culturalmente apreciada no gigante asiático, que atravessou fronteiras e se encontra hoje como parte dos hábitos diários em muitos outros países no mundo, sendo a segunda bebida mais consumida, somente atrás da água.
Além de ter descoberto o chá, a China é também a maior produtora de Camellia sinensis (é uma espécie da família Theaceae, popularmente conhecida como chá) no mundo. A planta é originária do país asiático que, além de ser extenso, possui diferentes climas e relevos que favorecem o cultivo de diversas variedades de chá.
As principais regiões produtoras de chá são montanhosas, com climas subtropicais, com clima mais úmido e estão, em sua maioria, no sul do país. Atualmente, as principais regiões são Fujian, Zhejiang, Anhui, Hunan e Yunann. Entre os tipos de chá, os mais conhecidos são o Lung Ching (chá verde), chás brancos, chás verdes com jasmin, oolongs e Lapsang Souchong de Fujian, Keemun e Puerh de Yunann.
Plantação e colheita
O chá ainda é elaborado de maneira muito artesanal, colhido pelas mãos e olhares criteriosos dos produtores chineses, que adotam cada um padrão de colheita e respeitam, para cada chá, uma proporção igual de brotos e folhas.
O método tradicional da colheita consiste em colocar todas as folhas colhidas em uma wok (uma panela chinesa, arredondada), para tostá-las e diminuir a oxidação, mexendo com as mãos. Depois, as folhas passam por um processo de secagem e então estão prontas para fazer um chá. Mas não é regra, afinal, existem produtores que automatizam parte da produção.
Consumo: tradição e modernidade
Na China, a degustação do chá é algo comum, da mesma forma como é comum se degustar um vinho, por exemplo. Aprecia-se e julga-se a bebida através da cor, aroma e sabor do chá, e até mesmo da qualidade da água utilizada na preparação. A cultura dos chás para os chineses ainda vai além: pode-se ver a atividade de ingerir a bebida sob um aspecto ainda mais profundo, envolvendo uma filosofia, moralidade e exercício de meditação.