Foto de capa: Carl de Souza
Além da queda contínua nos casos e nos óbitos na capital, o coronavírus dá sinais de desaceleração na maior parte do interior do Rio de Janeiro. Um levantamento com base em dados oficiais da Secretaria estadual de Saúde mostra que, dos 92 municípios fluminenses, 79 (86%) registraram, na semana passada, queda no total de notificações de testes positivos de COVID-19, na comparação com os sete dias anteriores.
As cidades populosas do interior que, na virada do mês, ainda inspiravam grande preocupação, agora experimentam um certo alívio. Apesar disso, os efeitos das últimas medidas de flexibilização do isolamento social, como a abertura de bares e restaurantes, ainda podem aparecer nas estatísticas dentro de alguns dias.
O estado de São Paulo teve a terceira semana consecutiva de queda do número de mortes por COVID-19, anunciou o governador João Doria. Os números já demonstram o que vinha sendo previsto pelo Centro de Contingência do Coronavírus no estado, mas não significa que a pandemia tenha acabado, ressaltou o governador.
A Região Metropolitana e litoral apresentam índices melhores e estão na fase amarela. No interior, ainda é buscado o controle da doença. O Estado tem somente quatro regiões na fase vermelha – quando só funcionam serviços essenciais – e todas ficam no interior. A ocupação dos leitos de UTI destinados a casos de COVID-19 em todo o estado é de 66%, enquanto na Grande São Paulo é de 64%.
Profissionais de saúde de Campinas, interior paulista, e região que quiserem se candidatar como voluntários para o teste da vacina chinesa contra o coronavírus já podem fazer a triagem. O processo ocorre pelo sistema divulgado pelo Instituto Butantan, que realizou a parceria com a farmacêutica da China para a fase 3 dos ensaios clínicos.
Entre os pré-requisitos, os candidatos devem ter fácil acesso ao Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, um dos 12 centros de pesquisa no Brasil que integram a testagem. Para isso, podem morar em Campinas ou cidades próximas. A plataforma pode ser acessada pelo site do Governo do Estado de São Paulo.
Grupos de pesquisa de diversos países identificaram a presença do novo coronavírus em amostras de esgoto coletadas semanas ou até mesmo meses antes do primeiro caso registrado oficialmente na cidade chinesa de Wuhan, região tida como o primeiro epicentro da pandemia da COVID-19. Essa série de recentes descobertas pode, após mais pesquisas, revelar que o vírus estaria circulando pelo mundo bem antes do que aponta a cronologia oficial da doença.
Entre as novas evidências, o estudo mais promissor foi liderado pela Universidade de Barcelona, na Espanha, onde os relatórios encontraram a presença do vírus em amostras congeladas tanto no dia 15 de janeiro de 2020 (41 dias antes da primeira notificação oficial entre os espanhóis) quanto no dia 12 de março de 2019 (nove meses antes do primeiro caso confirmado na China).
Em uma estratégia parecida com a dos chineses — que, no fim do mês passado, anunciaram que dariam início à aplicação de uma vacina experimental de “forma interna” no Exército —, o governo russo prevê iniciar, em um mês, “a circulação pública” de uma fórmula contra o Sars-CoV-2. A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, em parceria com a Universidade Sechenov, e tem obtido resultados promissores nas primeiras fases dos ensaios com humanos.
Por enquanto, os 38 voluntários estão alojados em enfermarias simples ou duplas no campus da Universidade Sechenov. O isolamento de 28 dias tem como objetivo protegê-los da exposição a outras infecções. Além de apoio psicológico, eles podem frequentar instalações esportivas para a prática de atividades físicas, segundo a universidade. A vacina também está sendo testada no Hospital Militar Burdenko, em Moscou. Nesse caso, porém, é usada uma versão líquida da forma.
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