Foto de capa: Blake Nissen
Com suas rotinas afetadas pela pandemia de covid-19, 600 indústrias nacionais se candidataram e foram selecionadas para aprender a produzir equipamentos de proteção individual (EPI) contra o novo coronavírus. A consultoria ocorre em um treinamento online, oferecido pelo Edital de Inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Na semana passada, o Senai anunciou 350 empresas na segunda chamada do projeto, que vai ensinar especificações técnicas e normas que garantam a eficácia de produtos como máscaras, álcool em gel e aventais hospitalares. Elas se juntam às 250 que já haviam sido treinadas a partir da primeira chamada, realizada em junho. Entre as novas selecionadas, há indústrias de 20 estados, e 280 são empresas de micro ou pequeno porte.
O diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, conta que empresas de setores com processos produtivos próximos compõem grande parte das selecionadas, como indústrias têxteis e de confecção, que têm maior facilidade de se preparar para produzir máscaras, por exemplo.
Mais cinco centros de pesquisa do país vão dar início ainda esta semana a testes com a vacina chinesa CoronaVac, da farmacêutica Sinovac, desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan. As vacinas começaram a ser aplicadas em profissionais da saúde na Universidade de Brasília (UnB) e, nesta quinta-feira, no Hospital das Clínicas na Unicamp, em Campinas (SP). Ainda nesta semana, os testes serão no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba; e na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), e no sábado será vez do Hospital São Lucas, da PUC do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Especialistas de todo o mundo apontam que um risco da flexibilização é o fato de que muitas pessoas podem pensar que a situação da pandemia está contornada. Enquanto o Brasil enfrenta média diária de mais de mil mortes por covid-19 e tem sucessivos recordes de novas infecções pelo novo coronavírus, diversas regiões flexibilizaram a quarentena. Cenas de bares e restaurantes lotados, praias cheias e lojas com muitos clientes se tornaram comuns nas últimas semanas.
A flexibilização do isolamento social no país não se restringe às cidades que atualmente têm queda de casos de covid-19 ou apresentam números estáveis, como São Paulo (SP) e Manaus (AM). Ela também ocorre em municípios com crescimento de números de mortes e novas infecções pelo novo coronavírus, como cidades do interior.
A Alemanha registrou hoje o maior número de infecções diárias por coronavírus em três meses. Foram 1.045 novos casos em 24 horas, o que elevou a preocupação de que o país possa já estar passando por uma segunda onda da epidemia e de que o governo seja forçado a impor novamente restrições de movimentação.
O ministro demonstrou especial preocupação com as famílias que estão retornando de viagem – grande parte da Alemanha se encontra no momento em férias de verão. Isso, afirmou, pode elevar ainda mais o número de casos. Festas familiares e desrespeito ao distanciamento no ambiente de trabalho também foram apontados pelo ministro como fatores perigosos para o renascimento da epidemia na Alemanha.
Um laboratório de produção de vacinas inativadas contra a COVID-19 em Beijing passou pela inspeção de biossegurança e está qualificado para a operação, segundo o China National Biotec Group (CNBG). A construção da fábrica foi completada em abril com o apoio do governo municipal de Beijing, revelou o CNBG. As autoridades estatais organizaram a inspeção de biossegurança em julho e concluíram que a infraestrutura cumpre com os padrões nacionais e pode ser usada para a produção em grande escala de vacinas contra a COVID-19.
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