Às vésperas do Natal, o Reino Unido acendeu um alerta de uma nova mutação do coronavírus. O país classificou como “fora de controle” a variação do vírus, em uma cepa que indica ser muito mais contagiosa do que a que se disseminava em território britânico até então. O sinal amarelo provocou uma reação em cadeia, com diversos países anunciando restrições a viajantes oriundos do Reino Unido e de outras nações onde há indicativos ou casos confirmados dessa mutação do novo coronavírus.
Em solo britânico, o primeiro-ministro Boris Johnson fez um recuo brusco na reabertura do país e anunciou uma série de novas restrições, a fim de conter a disseminação do novo coronavírus.
A líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou que os dados atuais indicam que a nova variante surgiu na Inglaterra, entre o sudeste do país e a capital, Londres. Maria afirmou que casos de Covid-19 causados pela cepa mais contagiosa foram verificados na Dinamarca, na Holanda e na Austrália. No final do domingo, ao menos um caso já havia sido registrado também na Itália.
Apesar da descoberta da nova variante de coronavírus mais infecciosa e “fora de controle”, o Brasil continua a receber voos do Reino Unido. Também segue sendo um dos poucos países do mundo — e o único sul-americano — sem restrições à entrada de estrangeiros por aeroportos, não adotando medidas comuns a visitantes que chegam do exterior por esse meio, como apresentação de diagnóstico negativo para covid-19 ou quarentena obrigatória de 14 dias. As regras só mudam no dia 30 de dezembro.
Só a partir do dia 30 de dezembro, passageiros de voo internacional que desembarcarem no Brasil precisarão apresentar um teste RT-PCR negativo para covid-19 feito até 72 horas antes da viagem — decisão que, na opinião de especialista, foi tomada “tarde demais”.
O Ministério da Saúde confirmou na última sexta-feira (18) o segundo caso de reinfecção por coronavírus no Brasil. A pasta afirma que foi notificada na quinta-feira (17) pela equipe do Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo. O caso é de uma paciente de 41 anos, residente no município paulista de Fernandópolis.
A paciente teve o primeiro resultado da doença confirmado em junho e se curou. Em novembro, houve novo resultado positivo para o vírus Sars-CoV-2, 145 dias depois do primeiro episódio. O caso havia sido divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo na quarta-feira (16).
A China começou a construir uma instalação para fabricar sua primeira vacina candidata contra a Covid-19 que usa a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), segundo informou a mídia estatal nesta segunda-feira (21). A expectativa é que a fábrica esteja operacional dentro de oito meses. O imunizante em questão, hoje, ainda se encontra nos estágios iniciais dos testes clínicos. A instalação terá uma capacidade anual de produzir inicialmente 120 milhões de doses.
A tecnologia de mRNA contém instruções para células humanas fazerem proteínas que imitam parte do novo coronavírus e é usada em vacinas da Moderna Inc, bem como da Pfizer Inc e BioNTech.
Pequim receberá uma equipe internacional para investigar as origens da Covid-19 em janeiro, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS), que está liderando a missão. Não está claro, porém, se os investigadores irão viajar para a cidade de Wuhan, onde o vírus foi detectado pela primeira vez, já que o itinerário ainda está sendo discutido.
“A OMS continua em contato com a China e discutindo a equipe internacional e os lugares que ela visitará”, disse Babatunde Olowokure, diretor regional de Emergências da OMS no Pacífico Ocidental, em entrevista coletiva nesta quinta-feira. “Nosso entendimento neste momento é que a China está dando as boas-vindas à equipe internacional e à sua visita, que está prevista, pelo que sabemos, para o início de janeiro.”
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