Pela primeira vez em 2021, o Brasil registrou mais de mil novas mortes causadas pela Covid-19 em um intervalo de 24 horas. Foram 1.186 novos óbitos confirmados de ontem para hoje. A média de óbitos, de 723, é a maior desde a véspera de Natal. Os dados são do Consórcio de Veículos de Imprensa. No total, pessoas 197.777 morreram devido à doença desde o começo da pandemia.
Ainda assim, o país continua em estabilidade na comparação com a média de 14 dias atrás: -7%. Já é o 13º dia consecutivo de estabilidade em números altos. A última vez que o país teve uma média mais alta foi em 24 de dezembro, quando registrou 736.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que mantém tratativas em “estágio avançado” com o Instituto Serum, empresa indiana que fabrica a vacina contra o novo coronavírus do laboratório AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford. Serão importadas 2 milhões de doses prontas pelo valor unitário de US$ 5,25 (cerca de R$ 27,6 na atual cotação), totalizando aproximadamente R$ 60 milhões.
É aguardado pela Fiocruz o recebimento de informações relativas à produção e ao controle de qualidade do imunizante, para que então seja feito o pedido de autorização de uso emergencial da vacina à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Lockdown no Reino Unido e o número alarmante de contágio. Um país com grande parte das escolas e do comércio aberta, duas vacinas já aprovadas e sendo aplicadas na população e metas ambiciosas para controlar a pandemia e voltar à vida normal “até a Páscoa”. Esse era o Reino Unido até recentemente. Mas nesta semana o premiê britânico, Boris Johnson, decretou a volta do lockdown na Inglaterra em seus moldes mais restritos desde março do ano passado, o auge da primeira onda da pandemia.
Escolas e comércio não essencial ficarão fechados, as pessoas estão proibidas de sair de casa a não ser por motivos especiais (como ir ao mercado) e grande parte do país ficará fechado, pelo menos, até metade de fevereiro. Há algumas semanas, Johnson havia sugerido que a vida poderia voltar ao normal já na próxima Páscoa. Agora, ele alerta que restrições rígidas (não necessariamente do mesmo nível das atuais) devem seguir até esse mesmo feriado.
América Latina reage à alta de casos de Covid-19 com novas restrições. O mês de janeiro trouxe uma escalada de casos na região. Depois de uma queda na curva durante outubro e novembro, em dezembro e neste início de janeiro os números voltaram a subir, coincidindo com as compras de Natal, um relaxamento da quarentena e o início da temporada de férias do verão no Cone Sul.
Ainda não está claro se a região está sofrendo o início de uma segunda onda ou um agravamento da primeira após algumas semanas de trégua. Enquanto a região espera a chegada das primeiras doses da vacina (só Argentina, México, Chile e Costa Rica iniciaram campanhas de imunização), a solução à disposição continua sendo a quarentena. Os governos, no entanto, enfrentam a resistência social a novos confinamentos.
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