O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (3) nova atualização do Plano Econômico. As cidades de Barretos, Bauru, Franca, Marília, Ribeirão Preto e Taubaté seguem na fase vermelha. Enquanto as demais regiões do estado voltarão a operar integralmente na fase laranja, incluindo a Grande São Paulo.
Na fase laranja, academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias e escritórios podem funcionar por até oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% da capacidade, com início às 6h e encerramento às 20h. Os parques também estão liberados. Só o consumo local em bares segue vetado.
Durante a entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes de hoje, Doria disse ainda que a cidade de São Paulo começará a vacinar idosos acima de 90 anos contra o coronavírus na próxima segunda-feira (8). A vacinação será feita nas 468 UBS (Unidades Básicas de Saúde) da cidade, em quatro Centro Escola e em cinco pontos drive-thru, no qual os idosos vão de carro receberão a vacina sem sair de seus veículos. Idosos que não puderem se deslocar até um posto serão vacinados em suas casas.
O governo do estado de São Paulo aguarda para as 23h30 de hoje (3) a chegada de um voo da China que traz 5,4 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para a produção da vacina CoronaVac pelo Instituto Butantan. O volume é suficiente para a produção de 8,6 milhões de doses do imunizante, segundo o governo paulista.
Esse será o primeiro lote de IFA recebido pelo Butantan em 2021. O avião, que deixou Pequim às 21h30 (de Brasília) de ontem, vai pousar no aeroporto de Viracopos, em Campinas. Segundo o instituto, os imunizantes produzidos com esses insumos serão entregues ao Ministério da Saúde a partir do próximo dia 25.
A Fábrica da Sputnik no Brasil quer importar 10 milhões de doses até março. A expectativa do presidente da União Química, Fernando de Castro Marques, é que 10 milhões de doses da Sputnik V sejam importadas para o Brasil entre fevereiro e março. Segundo ele, em abril, o laboratório já estará apto para produzir oito milhões de doses por mês. O imunizante russo ainda não tem autorização para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A União Química é a única empresa na América Latina que também produz o IFA, o insumo farmacêutico ativo. Ou seja, quando a vacina for liberada pela agência reguladora, o laboratório não dependerá da importação de nenhum componente de outro país, como acontece agora com a Fiocruz e com o Instituto Butantan, que precisam comprar o insumo de suas vacinas da China e sofreram com dificuldades para liberação dessa matéria-prima pelo país asiático.
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a biofarmacêutica AstraZeneca pode ter “impacto substancial” na redução da transmissão do vírus, segundo estudo que também revelou que a eficácia do imunizante pode chegar a 82,4% quando suas duas doses são aplicadas com intervalo de três meses ou mais. O artigo, assinado por pesquisadores britânicos, brasileiros e sul-africanos, foi disponibilizado na plataforma de pré-publicação da revista The Lancet e ainda precisa passar pela revisão de outros cientistas.
O estudo divulgado na última terça-feira (3) mostra ainda que a eficácia do imunizante após 22 dias da aplicação de apenas uma dose chega a 76%, fortalecendo a estratégia já adotada por alguns países, como o Reino Unido, de usar as doses disponíveis para vacinar o maior número de pessoas e adiar ao máximo a segunda dose. O nível de proteção permanece até 90 dias após a primeira dose, período em que o reforço deve ser aplicado.
A China prendeu mais de 80 pessoas suspeitas de envolvimento num esquema de venda de vacinas falsas contra a Covid-19, que funcionava desde setembro do ano passado, informou a imprensa oficial. O jornal estatal Global Times noticiou que as autoridades chinesas também apreenderam 3 mil doses do falso antígeno durante a operação.
Segundo a mesma fonte, a rede criminosa estava presente em várias cidades e a operação foi realizada em conjunto pelas forças de segurança de Pequim e das províncias de Jiangsu e Shandong, no litoral norte da China.
A população do estado de São Paulo “será vacinada até o fim do ano”. A afirmação foi feita pelo governador João Doria durante entrevista para o portal UOL. “Até o final do ano, sim. Vamos seguir o plano nacional de imunização. E onde o plano nacional não atuar, o plano estadual vai”, afirmou Doria.
São Paulo está imunizando a população com doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e produzida pelo Instituto Butantan, e também com a vacina de Oxford/AstraZeneca. O estado recebeu mais de 500 mil doses do imunizante desenvolvido pela universidade britânica.
A disseminação da Covid-19 cobrou uma fatura alta das economias e empresas, enquanto os governos ainda têm dificuldade em conter a propagação da doença. Apesar do desenvolvimento de novas vacinas, muitos ainda estão se perguntando como será a recuperação. Para isso, precisamos antes entender melhor o impacto econômico do vírus até agora. O FMI estima que a economia global tenha encolhido 4,4% em 2020. A organização descreveu o declínio como o pior desde a Grande Depressão dos anos 1930.
O risco de morrer de Covid-19 no Brasil foi mais de 3 vezes maior que no resto do mundo em 2020, calcula economista. As quase 195 mil mortes por covid-19 oficialmente registradas no Brasil ao final de 2020 não só escalonam rapidamente neste ano — hoje, essa cifra já passa de 225 mil — como fizeram do país um dos mais mortíferos da pandemia em todo o mundo, se levadas em conta a composição demográfica e etária brasileira.
Na prática, o risco de um morador do Brasil ter morrido de covid-19 em 2020 foi quase quatro vezes maior do que no resto do mundo, em média. As conclusões são de um trabalho ainda em andamento do economista Marcos Hecksher, pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Segundo seus cálculos, cedidos à BBC News Brasil, 169 países de um total de 178 (ou seja, 95%) tiveram uma taxa menor do que a do Brasil em mortes por Covid-19, quando comparam-se não só os números absolutos, mas o tamanho da população e os óbitos em cada faixa etária.
O Brasil chegou hoje ao 13º dia consecutivo com média móvel de mortes por Covid-19 superior a mil. A média de vítimas nos últimos sete dias é de 1.066. De segunda para terça-feira (2), o país registrou 1.240 novos óbitos provocados pela doença. Isso não indica quando as mortes de fato ocorreram, mas, sim, a data em que passaram a constar dos balanços oficiais. O levantamento foi feito pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, com base nos dados das secretarias estaduais de saúde.
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