A nova onda da pandemia de Covid-19 chegou com força ao Brasil. O rápido avanço da doença é atribuído ao surgimento de novas variantes e à queda nos índices de isolamento social. Números preocupantes e políticas emergenciais foram divulgados nos últimos dias, comprovando a necessidade de reforçar o combate ao novo coronavírus.
Os dados vão desde o recorde de mortes por Covid-19 registrado na terça-feira (2) até o anúncio da Fase Vermelha decretada para todo o estado de São Paulo, anunciada nesta quarta-feira (3). Confira os sete fatos que mostram que o país está na fase mais aguda da Covid-19 desde o início da pandemia.
O Estado de São Paulo entra na fase vermelha às 0h deste sábado (6). O governador João Doria anunciou – nesta quarta-feira (3) – que todo o estado de São Paulo está na fase vermelha. A medida valerá até o dia 19 de março e tem o objetivo de barrar a evolução da curva de infecções, óbitos e internações devido ao novo coronavírus.
“Em São Paulo e no Brasil, estamos à beira de um colapso na saúde. Isso exige medidas urgentes”, afirmou o governador durante a coletiva de imprensa realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, em São Paulo.
“Vamos enfrentar as duas piores semanas da pandemia desde o primeiro caso na pandemia no Brasil”, disse Doria. “É a pior crise de saúde dos últimos cem anos. Há 41 dias, o Brasil tem mais de mil mortes por dia. Como se cinco aviões caíssem por dia matando todos os seus ocupantes. Isso é uma tragédia que pode ser ainda pior. Não podemos banalizar a morte. Um paciente de Covid-19 é internado a cada dois minutos”, completou.
Mais 2,5 milhões de doses da vacina CoronaVac estão sendo enviadas a todos os estados e ao Distrito Federal nesta quarta-feira (3), informou o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, o novo lote é destinado a “vacinar o restante dos trabalhadores da saúde, indígenas do estado do Amazonas e pessoas de 80 a 84 anos”.
A nova remessa corresponde à entrega de duas doses. Sendo assim, os estados e municípios precisam reservar a segunda dose da CoronaVac para garantir que ela seja aplicada de 2 a 4 semanas depois da primeira.
O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro registrou queda de 4,1% em 2020, na comparação com 2019, afetado pela pandemia do coronavírus. É o maior recuo anual da série iniciada em 1996. Essa queda interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%.
No quarto trimestre, o PIB apresentou alta de 3,2% na comparação com trimestre anterior, mas registrou queda de 1,1% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em valores correntes, o PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, totalizou R$ 7,4 trilhões no ano passado. O PIB per capita (por habitante) alcançou R$ 35.172 em 2020, recuo recorde de 4,8% em relação a 2019.
Em um único dia, o Brasil somou mais mortes em decorrência da covid-19 do que outros 112 países registraram em toda a pandemia, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, referência global no monitoramento do coronavírus. Na lista constam países populosos como Coreia do Sul e Malásia, além de nações com grandes extensões territoriais e com políticas bem-sucedidas no combate à pandemia, como Austrália.
O Brasil registrou o total de 1.726 mortes por Covid-19 somente nas últimas 24 horas, número mais alto desde março, quando a pandemia foi declarada oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O levantamento é do Consórcio de Veículos de Imprensa.
A cidade de Wuhan, na China, que foi o primeiro epicentro do coronavírus, não registra novos casos desde maio de 2020. Segundo brasileiros que vivem na China, o controle da doença só foi possível pelo rigor nas precauções e controle de casos.
As imagens de Wuhan, na China, de fevereiro de 2021 contrastam muito com as cenas do mesmo mês que rodaram o mundo em 2020. As avenidas vazias, centros comerciais desertos e hospitais sobrecarregados não são mais realidade na cidade que foi o primeiro epicentro da Covid-19 no mundo. Com a transmissão controlada e sem registrar novos casos desde maio, é seguro dizer que Wuhan está livre da pandemia, e agora ruas, bares, clubes e lojas voltaram a viver uma situação normal.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o número de novos casos de Covid-19 no mundo subiu pela 1ª vez em 7 semanas. Segundo Michael Ryan, diretor-executivo do órgão, é irrealista falar no fim da pandemia ainda em 2021.
Os 2 participaram de entrevista coletiva ao lado da infectologista-chefe da organização, Maria Van Kerkhove, da cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, da diretora da área regulatória, Mariângela Simão, e do consultor sênior Bruce Aylward.
A União Europeia tem sido criticada pela lentidão de sua campanha de vacinação contra o coronavírus. Dados do Our World in Data apontam que, até 26 de fevereiro, o bloco havia administrado apenas 6,8 doses de vacinas para 100 pessoas. Em contraste, o Reino Unido administrou 29 para cada 100 habitantes e os Estados Unidos, 20,6.
Isso acontece apesar de a União Europeia ter fechado acordos no ano passado com seis fabricantes de vacinas —BioNTech/Pfizer, Moderna, AstraZeneca, CureVac, Johnson & Johnson e Sanofi-GSK—, garantindo mais de 2 bilhões de doses, mais que suficiente para os 450 milhões de habitantes dos 27 países membros.
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