Após o Brasil chegar a marca de 500 mil vítimas da covid-19, os dados sobre a evolução da pandemia no país são preocupantes. Neste final de semana, o Brasil registrou a sua maior média móvel de casos em mais de dois meses e meio, indicando a volta do contágio de uma forma acelerada. Nos últimos 7 dias, a média foi de 73.200 novos diagnósticos por dia.
Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto D’Or apresentaram estudos sobre como o Sars-CoV-2 invade as células neuronais e provoca danos no cérebro. Para os neurocientistas, a descoberta condiz com a atual hipótese de que o vírus provoca um estrago nas células relacionado a uma inflamação sistêmica que leva danos indiretos ao sistema nervoso central.
Mas há notícias um pouco animadoras também. Estudos feitos na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostram que o resfriado ajuda o corpo a reagir contra o coronavírus, já que este vírus respiratório inicia uma atividade de genes estimulados pelo interferon, proteína do sistema imunológico que também está disponível como medicamento. Ela ajudaria a interromper a replicação do Sars-CoV-2. O problema é que, segundo os testes realizados, isso só funciona se a doença estiver em fase inicial.