O Ibrachina Challenge chegou ao fim e três finalistas levaram o prêmio de R$50 mil e a participação em uma das maiores conferências de Tecnologia do Planeta, a Rise 2019 em Hong Kong.
A empresa de André Abrami levou o primeiro lugar ao apresentar um robô com sensores que controlam seus movimentos de forma inteligente. A novidade permite que o trabalho logístico seja realizado de forma simples e eficiente.
Ibrachina: Há quanto tempo existe a empresa Automni?
André Abrami: A empresa nasceu há seis anos na Escola Politécnica. Participamos de alguns campeonatos na área de robótica e na época surgiu o interesse por veículos autônomos, então decidimos empreender.
Ibrachina: Por que você decidiu participar do Ibrachina Challenge?
André Abrami: Nós tínhamos uma relação com a Igloo Network e eles nos contaram que havia um campeonato muito bem estruturado para startups, com diversos investidores, muito network e a oportunidade de aprender a vender a empresa para estes investidores, além da possibilidade de ir para Hong Kong.
Ibrachina: Como vocês se prepararam para apresentar em quatro minutos a empresa para os jurados do Ibrachina Challenge?
André Abrami: O grande desafio de vendas é conseguir pegar um conteúdo complexo e simplificá-lo para quem está ouvindo. Tudo começa com um pitch (apresentação) de dez minutos que é testado em ouvintes do público-alvo. Estes ouvintes dizem o que acham e se é interessante ou não. É importante não ficar apegado a determinados conteúdos na hora de fazer cortes. Este é o primeiro ponto. O segundo ponto é treinar muito esse pitch para conseguir transmitir uma grande quantidade de conteúdo em pouco tempo. Tem que falar rápido sem perder a qualidade.
Ibrachina: O projeto “robô Rihno” já existia ou foi criado para o Ibrachina Challenge?
André Abrami: O projeto nasceu com a empresa há muitos anos e foi apresentado ao Ibrachina com as melhorias que surgiram ao longo do tempo.
Ibrachina: Quantas pessoas participaram do projeto?
André Abrami: A empresa começou com três fundadores há seis anos e aos poucos convencemos outras pessoas a participarem desse sonho. Hoje são nove colaboradores na empresa.
Ibrachina: Como surgiu a ideia de criar o “robô Rihno”?
André Abrami: Quando começamos a estudar veículos autônomos ao invés de empreender no mercado de veículos de rua, onde muitas empresas atuam, encontramos uma oportunidade escondida que são as fábricas e os centros de distribuição. Nos interessamos pelas empilhadeiras, rebocadores, entre outros. Nós encontramos uma solução de automação nesta época que era muito cara para o mercado brasileiro. Decidimos desenvolver um software para máquinas com o objetivo de automatizá-las. Assim surgiu o “Rihno”.
Ibrachina: Qual é a utilidade do robô Rihno?
André Abrami: Dentro de fábricas e centros de distribuição tem muita movimentação de materiais. Essa movimentação é feita normalmente em cima de paletes. O Rihno faz o transportes dos paletes, dessas caixas com produtos, de forma 100% autônoma.
Ibrachina: Quanto tempo vocês levaram para desenvolver esse projeto?
André Abrami: Se trata de uma tecnologia globalmente inovadora que levou seis anos de dedicação total por parte do nosso grupo para ficar pronta.
Ibrachina: Qual é a sua expectativa com a participação da Automni no Rise em Hong Kong?
André Abrami: Nada grandioso é feito sozinho. Vamos buscar investidores, parceiros, clientes, outros empreendedores do mesmo setor. Queremos criar conexões com a China que é hoje o maior centro de empreendedorismo do mundo.
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