A embaixada brasileira na China e o diretor e curador brasileiro Marcos Jorge exibirão os 12 melhores curtas-metragens do Brasil produzidos nos últimos anos para o público chinês. Para esta divulgação, foram selecionados trabalhos que podem dialogar com o público chinês enquanto simultaneamente abordam temas da atualidade brasileira.
O diretor e a classe de produção dos curtas brasileiros geralmente são muito jovens, refletindo a vitalidade e a diversidade da cultura contemporânea do cinema e da televisão do Brasil, observou a embaixada.
Os curtas-metragens são dirigidos por homens e mulheres de várias regiões do Brasil. Embora cada história esteja enraizada em sua cidade de origem, possuem temas universais no que se refere à natureza humana mais profunda.
A exibição dos curtas brasileiros legendados em mandarim ocorre até até 29 de maio na conta oficial da Embaixada Brasileira da China nas plataformas We TV, IQIYI Video e Bilibili Video
As histórias poderão choques culturais e terão ressonância junto ao público chinês, adiantou a embaixada, acrescentando que os dois países estão longe geograficamente, mas são muito semelhantes na expressão emocional diante da vida.
“A embaixada brasileira realiza uma exposição de cinema todos os anos na China, e o feedback que obtemos é muito positivo. Nos últimos anos, os cineastas brasileiros produziram anualmente cerca de 500 curtas-metragens com cerca de 30 minutos. Esses trabalhos conquistaram muitas honras nos principais festivais internacionais de cinema. Agora, realizamos uma exposição de curtas na China pela primeira vez, esperamos que seja um bom começo. Também esperamos que, através dessa comunicação, possamos encurtar ainda mais a distância entre os dois povos”, afirmou o embaixador brasileiro na China, Paulo Estivallet.
Destaques da programação
“Baile”, de Cíntia Domit Bittar, é uma pequena joia centrada num dia muito importante de uma menina de dez anos. Um dia em que ela entende coisas fundamentais sobre sua existência. Marina não vai à praia, de Cássio Pereira dos Santos, também mostra o dia em que uma garotinha com síndrome de Down realiza um de seus maiores sonhos: conhecer o mar.
Em “O barco e o rio”, de Bernardo Ale Abinader, acompanhamos os desentendimentos de duas irmãs que cuidam de um barco no rio Amazonas, enquanto em Chacal, de Marja Calafange, presenciamos a despedida poética de uma idosa.
“Os irmãos Mai”, de Thaís Fujinaga, e A canção do Asfalto, de Pedro Giongo, contam de diferentes maneiras, histórias sensíveis de imigrantes chineses que vivem nas grandes cidades brasileiras.
“Sem asas”, de Renata Martins, ilustra o perigo de ser negro e pobre no Brasil, enquanto Nova Iorque revela que o principal sonho de muitos que vivem no interior do Brasil é emigrar para uma metrópole.
“Brasil X Holanda”, de Caroline Biagi, explora as questões familiares de um adolescente e Garoto Propaganda, de Christopher Faust, fala sobre a dificuldade dos jovens de se encontrarem em um mundo em constante mudança.
“Apneia”, uma animação de Carol Sakura e Walkir Fernandes, dramatiza de forma lírica e trágica os traumas de infância de uma jovem, enquanto outra animação, “Umbrella”, de Helena Hilário e Mario Pece, nos encanta com os sonhos de um menino que vive em um orfanato.
* Com informações de Diário do Povo.