Por Yang Wanming
À medida que a pandemia da Covid-19 se dissemina pelo mundo, fica cada vez mais evidente que temos um futuro da humanidade compartilhado. Como responder, por meio de uma cooperação internacional mais intensa, a este desafio global imposto pela crise de saúde pública? A China está trabalhando e continuará a trabalhar para oferecer a sua contribuição.
A China é uma das principais forças que apoiam o combate mundial à pandemia. O país vem compartilhando com todas as partes, e sem reservas, informações epidemiológicas e experiências de prevenção, controle e tratamento, tendo realizado videoconferências sobre o tema com mais de 170 países. O governo chinês forneceu assistência material a mais de 150 países e organismos internacionais, doou US$ 50 milhões à OMS e enviou 26 equipes de infectologistas a 24 países. Além disso, governos locais, instituições filantrópicas, sociedade civil e empresariado da China também estão mobilizados. Alibaba, Huawei e inúmeras outras empresas chinesas já doaram suprimentos médicos a mais de 100 países. Fabricantes chineses de insumos de saúde estão produzindo a uma velocidade recorde para abastecer o mundo. Por exemplo, nos últimos três meses, a China exportou quase 50 mil respiradores ao mundo, além de 58,6 bilhões de máscaras e 250 milhões de trajes de proteção.
A China vai aumentar ainda mais os aportes para promover a cooperação global contra a pandemia. Vai disponibilizar US$ 2 bilhões em dois anos para ajudar na resposta à crise sanitária e na recuperação do crescimento econômico e social nos países afetados, especialmente nas nações em desenvolvimento. Em parceria com a ONU, o país vai montar, em solo chinês, um depósito e hub de resposta emergencial e humanitária global, para assegurar a cadeia de abastecimento de materiais de enfrentamento à pandemia, além de instalar vias expressas para transporte e liberação alfandegária desses materiais. Uma vez colocada em uso clínico, a vacina desenvolvida pela China será considerada um bem público global de forma a contribuir para a sua acessibilidade nos países em desenvolvimento. Junto com os outros membros do G20, a China vai implementar a Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida dos países mais pobres e unir forças com a comunidade internacional para aumentar o apoio aos países mais atingidos e sob maior pressão do pagamento das dívidas.
A China é também o país que tem oferecido mais ajuda ao Brasil no seu combate à Covid-19. Foram realizadas sete videoconferências entre profissionais chineses que trabalharam na linha de frente e infectologistas do Ministério da Saúde do Brasil e de 14 estados e municípios. Alguns dias atrás, chegou ao Brasil o primeiro carregamento de mais de duas toneladas de materiais doados pelo governo central chinês. Além disso, mais de 60 províncias e municípios, assim como empresas da China, doaram ou vão doar materiais de saúde ao Brasil, com um valor total superior a US$ 6 milhões. Com assistência e auxílio da parte chinesa, equipamentos e insumos médico-hospitalares adquiridos pelo lado brasileiro estão desembarcando no país para reforçar o enfrentamento da Covid-19.
“Na escuridão, brilha a luz da amizade”, diz a carta que me foi enviada por nove brasileiros que estudaram em Wuhan. Com solidariedade e cooperação, a China está ao lado do povo brasileiro e dos outros países para combater e vencer em conjunto a pandemia, melhorar o sistema global de governança da segurança da saúde pública, e construir uma comunidade de saúde pública para a Humanidade.
O Ibrachina e a Beijing Language and Culture University realizam amanhã o webinar “Brazil and China: Shared experiences in containing COVID-19”, que reunirá profissionais da saúde do Brasil e da China para trocar experiências e aprendizados no combate à pandemia. O evento às 20h pela plataforma Zoom.