O Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, fez sua primeira entrevista para o jornal Folha de S. Paulo depois dos ataques sinofóbicos do deputado Eduardo Bolsonaro e do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Mesmo com uma postura menos combativa, o embaixador não deixou de passar recados às autoridades que vêm culpando a China pela disseminação da Covid-19. Afirmou que a China está pronta para trabalhar com o governo brasileiro para “tirar as interferências, diminuir as divergências e expandir as cooperações”.
Wanming declarou que a China “já superou o período mais difícil, de maneira que a epidemia está praticamente sob controle em todo o território. A retomada das atividades econômicas está avançando de forma ordenada, e a normalidade social está sendo restaurada”. Entretanto, o embaixador ressaltou que “a China ainda corre o risco de ter uma segunda onda e, portanto, não pode relaxar”.
Sobre a aplicabilidade das experiências chinesas no combate à pandemia, Wanming afirmou que “a China está disposta a compartilhar práticas de prevenção e controle com o Brasil e os demais países do mundo, mas não pretende fazer marketing das suas experiências”. “A evolução epidêmica pode tomar rumos diferentes devido à estrutura demográfica, condições climáticas e hábitos de cada país”, enfatizou.
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