A minoria étnica naxi reúne cerca de 350 mil pessoas na China. A maioria delas vive em comunidades no condado autônomo de Lijiang Naxi e na província de Yunnan. Também há membros nos condados de Yanyuan, Yanbian e Muli, na província de Sichuan. Um pequeno número deles está no condado de Mangkang, na Região Autônoma do Tibete.
O território onde estão a maioria dos naxi é cortado pelos rios Jinsha, Lancang e Yalong, e cercado pelas cadeias montanhosas Yunling, Xueshan e Yulong. Nessas áreas montanhosas, com média de 2.700 metros acima do nível do mar, as chuvas são abundantes. Por isso, a agricultura é a principal ocupação do povo Naxi.
As principais culturas são arroz, milho, trigo, batata, feijão, cânhamo e algodão. A curva do rio Jinsha é densamente arborizada e a montanha Yulong é conhecida internacionalmente como um “depósito de flora”. As extensas florestas contêm abetos chineses, pinheiros coreanos, pinheiros de Yunnan e outras árvores valiosas, bem como muitas variedades de ervas. Além disso, a região possui ricas reservas de metais de alto valor, como ouro, prata, cobre, alumínio e manganês.
História
De acordo com documentos históricos, os antepassados do povo naxi eram uma tribo nômade chamada qiang, que viviam na região do Tibete. Eles foram identificados como “Maoniu Yi” na Dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.), “Mosha Yi” na Dinastia Jin (265-420) e “Moxie Yi” na Dinastia Tang (618-907).
Somente a partir da revolução cultural de 1949 eles começaram a ser chamados de naxi (também chamada de nakhi), que significa algo como “quem trabalha as coisas negras da nação”.
Entre os lugares históricos dos naxi está a “cidade antiga” de Lijiang, declarado patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO em 2007. O local, conhecido pela sua arquitetura, abriga atrações como o Templo do Rei Dragão. O local tem diversas nascentes que acabam se formando em uma grande piscina, que refletem a imagem da Montanha do Dragão de Jade, localiza nas imediações.
Cultura
A língua naxi pertence à família das línguas sino-tibetanas. Há mais de 1.000 anos, o povo naxi já havia criado caracteres pictográficos chamados de “dongba” e uma escrita silábica conhecida como “geba”. Elas foram usadas para registrar muitas histórias do folclore naxi, incluindo lendas, poemas e clássicos religiosos. Em 1957, o governo ajudou os naxi a conceber uma escrita alfabética.
A literatura Naxi é rica em forma e conteúdo. Além de obras de estudiosos e escritores naxi, existe um repositório de literatura popular oral. A “Escritura Dongba” é uma obra religiosa que remonta à Dinastia Tang e descreve vários aspectos da história do povo naxi.
Os naxi gostam de cantar e dançar, principalmente em casamentos e funerais. As músicas mais populares são cantadas em tons muito agudos e com ritmos fortes, acompanhadas de danças. Os instrumentos musicais mais comuns são flauta, flauta de palheta e instrumentos de corda e sopro. A antiga peça musical, “Baishaxiyue”, que remonta ao período Yuan
Em geral, alimentos picantes, picantes e doces são os seus favoritos. De todos os pratos tradicionais naxi, os cogumelos com recheio de carne, são os mais populares. Os membros dessa etnia também gostam de chá com manteiga pela manhã e chá verde após as demais refeições.
Vestes típicas dos naxi
A etnia naxi tem um estilo próprio de roupas tradicionais. As mulheres geralmente usam calças, sobrepostas por um vestido solto de mangas largas, além de um colete e um avental pregueado. Seus sapatos, com formato de barco, são bordados à mão.
O vestido é um pouco mais longo nas costas e chega até a panturrilha, e na frente, ao joelho. Por baixo do vestido, elas usam calças. As roupas normalmente são pretas, brancas ou azuis e bordadas com padrões de flores nas golas, mangas e frente.
As mulheres casadas usam coque e um chapéu redondo, enquanto as solteiras costumam ter tranças, que são enroladas na nuca e usam lenço ou chapéu de veludo preto.
Veja uma apresentação cultural naxi