No ano passado foram consumidos no Brasil, 1,03 bilhão de litros de sorvete. A média per capita anual é de 5 litros de sorvete. Esses números mostram o quanto os brasileiros apreciam um sorvete, que é uma invenção chinesa.
Assim como outros pratos, existem muitas controvérsias sobre a origem do sorvete, mas ele tem uma forte ligação com o domínio das técnicas de refrigeração. Registros mostram que por volta do ano 1100 a.C., os chineses já sabiam como conservar o gelo formado naturalmente no inverno e usá-lo durante o verão.
As primeiras versões do que conhecemos como sorvete surgiram durante a Dinastia Tang, que governou a China entre os anos 618 a 907 d.C. Durante aquele período, os chineses criaram uma mistura de neve com frutas e mel. Também existia uma versão com leite de cabra fermentado e depois resfriado até quase congelar. Essas iguarias geladas eram populares entre a realeza e a elite da sociedade.
Ao contrário das técnicas modernas de produção em massa de sorvetes, os chineses antigos empregavam métodos artesanais. Alguns reis tinham até cozinheiros especializados na produção desse sorvete rudimentar trabalhando na cozinha do palácio.
Acredita-se que, no século XIII, o explorador italiano Marco Polo conheceu a produção de sorvetes na China e, quando voltou à Europa, levou consigo o conhecimento de como prepará-la.
A partir de então o sorvete foi adaptado pelos italianos, que popularizaram seu consumo no continente europeu. Na China moderna existem sabores únicos de sorvete, como o chá verde, o feijão-vermelho e o de pimenta. Além disso, os chineses inovaram mais uma vez, criando um sorvete que não derrete, da marca Zhong Xue Gao. Eles ficaram muito populares após vídeos onde pessoas tentavam forçar seu derretimento com fogo, se multiplicaram na internet.