O novo Museu do Palácio em Hong Kong tem como um de seus objetivos engajar as novas gerações da cidade em cultura chinesa, afirmou seu diretor em entrevista à agência Reuters. A estrutura é um presente de Beijing para marcar o 25º aniversário do retorno do território à China.
Localizado no Distrito Cultural de West Kowloon, o principal bairro artístico de Hong Kong, o museu abrange mais de 30 mil metros quadrados e sua construção iniciou-se em 2018. Por causa da pandemia, só foi concluída em maio deste ano.
O museu separou mais de 900 tesouros inestimáveis emprestados do Museu do Palácio em Beijing para a inauguração. Entre as peças, cerca de 70% estão em exibição pela primeira vez em Hong Kong, incluindo 166 relíquias culturais nacionais de primeira classe, algumas das quais nunca foram exibidas ao público antes.
Este é o maior empréstimo de exposições do Museu do Palácio desde sua criação em 1925, disse o curador-chefe Louis Ng Chi-wa, descrevendo a quantidade e qualidade das relíquias como “sem precedentes”.
A abertura oficial do museu ocorrerá dia 2 de julho, quando o público terá acesso a nove galerias que apresentarão as relíquias emprestadas e também pinturas, desenhos, caligrafias, bordados, joias, esculturas, livros antigos e obras arquitetônicas.
Entre elas a pintura Rhapsody on the Luohe River Goddess, do artista Gu Kaizhi, da Dinastia Jin (265-420), datada de mais de 1.800, sendo uma adaptação de um poema lírico. Outra pintura histórica em exibição é a Autumn Colors Between Rivers and Mountains, de Zhao Boju, datada da Dinastia Song (960-1279), uma paisagem reconhecível em cores azul e verde.
Os itens cobrem os 5.000 anos da história da China e serão protegidos por equipes de especialistas enviadas por Beijing periodicamente para garantir que as antiguidades sejam mantidas em boas condições.