Foto de capa: Xinhua
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Uma vacina chinesa contra a COVID-19, que ainda em fase inicial de testes, apresentou pela primeira vez a capacidade de induzir a criação de anticorpos em humanos e se mostrou segura. O avanço foi publicado hoje pela conceituada revista científica “The Lancet”.
A vacina é estudada por uma equipe dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças da China e foi a primeira a alcançar a Fase 1 do ensaio clínico. Segundo a publicação, ela é segura e foi capaz de gerar uma resposta imune contra o novo coronavírus em humanos.
O estudo acompanhou 108 voluntários saudáveis e trouxe resultados promissores após 28 dias – os resultados finais serão avaliados em seis meses. Os participantes, com idades entre os 18 e 60 anos, receberam aleatoriamente um dos três tipos de dosagens da vacina: com baixa, média e alta concentração do agente viral. A aplicação é intramuscular, com uma injeção, e introduz no corpo uma solução com o vírus atenuado.
Na última segunda-feira (18/05), o presidente chinês Xi Jinping prometeu compartilhar uma eventual vacina, reforçando que o produto se tornará um “bem público global”. Além disso, Xi também afirmou que o país alocará US$2 bilhões para a luta global contra a doença.
Senegal testa exame rápido para COVID-19 que custa US$1
Pesquisadores do Senegal, na África, desenvolveram um exame que indica se a pessoa está com o novo coronavírus em apenas 10 minutos. Além da rapidez, o custo seria outro atrativo: US$ 1. Pesquisadores do laboratório DiaTropix, que desenvolve testes de doenças infecciosas e é administrado pelo Instituto Pasteur, estão trabalhando ao lado da empresa britânica Mologic para fabricar os kits de diagnóstico.
O instituto diz que o exame poderá ser lançado em junho se os resultados apresentados nos testes forem satisfatórios. Os testes feitos atualmente usam a técnica chamada PCR para detecta sequências do RNA da doença nos pacientes. O teste rápido que está em desenvolvimento examinaria a saliva e anticorpos para detectar o vírus. Amadou Sall, diretor do Instituto Pasteur, disse que com este exame será possível analisar de 500 a 1000 testes por dia e quatro milhões em um ano.
Britânicos testam tratamento contra efeitos da doença em pacientes graves
Cientistas do Reino Unido devem começar a testar um tratamento que deve combater os efeitos da COVID-19 nos pacientes mais graves. Eles constataram que aqueles que desenvolvem a forma mais grave da doença têm números extremamente baixos de uma célula imune que faz a “limpeza” do corpo. O ensaio clínico avaliará se um medicamento chamado conhecido por aumentar o número destas células pode ajudar na recuperação dos pacientes.
Pesquisa aponta que cloroquina não traz benefícios ao tratamento da COVID-19
Uma pesquisa científica publicada na renomada revista “The Lancet” com 96 mil pacientes aponta que a hidroxicloroquina e a cloroquina não apresentam benefícios no tratamento da COVID-19. Os resultados divulgados nesta sexta-feira (22/05) mostram que também não há melhora na recuperação dos infectados, e que existe um risco maior de morte e piora cardíaca durante a hospitalização pelo novo coronavírus.
A Organização Mundial da Saúde afirmou nesta semana que as substâncias podem causar efeitos colaterais e não têm eficiência contra doença. Marcos Espinal, diretor do departamento de doenças comunicáveis da Opas, também disse que “não há evidências para recomendar cloroquina e hidroxicloroquina“. Independente disso, os cientistas argumentam que há a necessidade de mais pesquisas internacionais para comprovação dos dados e uma análise definitiva. Por enquanto, portanto, não há comprovação de que as substâncias ajudem no combate à Covid-19.
Coronavírus no Brasil
O número de municípios afetados pelo novo coronavírus mais que duplicou em um mês. São 3.488 cidades brasileiras com registro de casos da doença, o que representa 62,6% do total. Em 20/05, eram 1.426 locais infectados (25,6%). Com mais de 300 mil brasileiros afetados, a doença avança pelo território nacional e alcança cidades cada vez mais distantes dos grandes centros, situação que preocupa pesquisadores e autoridades.
Ainda de acordo com este levantamento, a cada dez cidades brasileiras, duas registraram ao menos uma morte por complicações da Covid-19. Os 18,8 mil mortos no país estão concentrados em pouco mais de 1,3 mil cidades brasileiras.
De acordo com o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, o país tem 310 mil casos confirmados e mais de 20 mil óbitos. O número de pessoas recuperadas chegou a 126 mil.
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