Foto de capa: Edgar Kanaykõ Xakriabá Etnofotografia
O Senado aprovou um Projeto de Lei que institui medidas para prevenir a disseminação do novo coronavírus junto aos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. Segundo o projeto, ações desenvolvidas atenderão os indígenas que vivem em aldeias, em áreas urbanas ou rurais e os povos indígenas vindos de outros países e que estejam provisoriamente no Brasil. O projeto segue para sanção presidencial.
As medidas integram um plano emergencial coordenado pelo governo federal. A Secretaria Especial de Saúde Indígena coordenará o projeto para execução de ações como acesso à água potável, distribuição de materiais de higiene, disponibilização de testes para diagnósticos da COVID-19 e equipamentos médicos para tratar os doentes.
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia anunciou que vai desenvolver um respirador artificial de baixo custo para ajudar no combate da pandemia da COVID-19. A iniciativa ocorreu após a instituição receber quase R$2 milhões da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação.
Segundo a UFRB, o total recebido foi de aproximadamente R$1.9 milhão, depois que a instituição enviou um plano de ação elaborado pela Administração Central, Centros de Ensino e pelo Comitê de Acompanhamento e Enfrentamento à COVID-19 para o MEC, em abril deste ano. A expectativa é que além do respirador, seja possível a compra de insumos para produção de álcool 70% e máscaras de acetato para serem distribuídos nas unidades de saúde dos municípios do Recôncavo, Portal do Sertão e Vale do Jiquiriçá.
O contrato anunciado na semana passada pelo Governo de SP para a produção de vacinas para o coronavírus prevê que o imunizante será uma sociedade entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac Biotech, mas ainda há uma série de fatores, além da comprovação da vacina, para serem considerados, antes da eventual produção da vacina no Estado.
Segundo o presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas, o acordo não envolve cifras monetárias, uma vez que o compromisso é que o Butantã faça o estudo clínico da vacina, que tem o nome provisório de Coronavac. Ele estima, com base em outros estudos clínicos já feitos pelo instituto, que o investimento necessário seja da ordem de R$ 85 milhões. A decisão pelo investimento em uma produção própria está atrelada à certeza da eficácia da vacina e à disponibilidade de doses importadas. Entretanto, uma gama de incertezas abre espaço para que vacinas feitas na China sejam usadas no SUS, no lugar da produção local, enquanto a fábrica do Butantã não estiver operacional.
Pesquisadores no Reino Unido afirmam ter encontrado o que por enquanto é o primeiro tratamento capaz de evitar mortes por COVID-19: a dexametasona. Os responsáveis pelo ensaio clínico Recovery, realizado no Reino Unido com mais de 11 mil pacientes, informaram que essa droga reduz a mortalidade entre os doentes muito graves, que precisam de respiração assistida, e também entre aqueles que necessitam de oxigênio. O medicamento não demonstrou benefícios entre pacientes com casos mais leves de COVID-19. Esses resultados ainda são preliminares, mas os responsáveis pelo trabalho disseram que em breve os publicarão em uma revista científica devidamente revisada por especialistas independentes.
A pandemia trouxe muitas incertezas sobre o futuro próximo. Além das consequências sociais e econômicas, muita gente se pergunta se poderá voltar a viajar como antes, já que a difusão do coronavírus ocorreu por causa da circulação de pessoas. Contudo, para o embaixador do Brasil na França, ainda que seja um obstáculo temporário, a epidemia não deverá frear o curso da globalização.
O assunto foi discutido em um fórum digital que reuniu executivos de grandes montadoras de veículos, como Renault-Nissan, Scania, além do diplomata Luís Fernando Serra, atual embaixador do Brasil na França. Serra acredita na retomada da circulação internacional após um contexto de restrições. A previsão do Fundo Monetário Internacional é de uma redução de 3% do PIB mundial em 2020. “Há um instinto de proteção nas horas de crise. Contudo, desde que os chineses abriram a rota da seda, o mundo não parou de se globalizar”, afirma o diplomata.
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