Foto de capa: cottonbro/Pexel
O governo federal anunciou neste sábado (27/06) um acordo de cooperação para desenvolvimento e acesso do Brasil à vacina para COVID-19. O acordo, fechado com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca, prevê a compra de lotes da vacina e da transferência de tecnologia. A vacina é considerada uma das mais promissoras no mundo. No Brasil, a tecnologia será desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz.
A implementação do acordo ocorrerá em duas etapas. Na primeira, haverá uma encomenda em que o Brasil assume também os riscos da pesquisa. E, em uma segunda fase, caso a vacina se mostre eficaz e segura, será ampliada a compra.
O ministério explica que, na fase inicial, de risco assumido, serão 30,4 milhões de doses da vacina, no valor total de US$ 127 milhões, incluídos os custos de transferência da tecnologia e do processo produtivo da Fiocruz. Os dois lotes a serem disponibilizados à Fiocruz deverão ser entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021. Se a vacina for segura e eficaz e tiver o registro no Brasil, serão mais 70 milhões de doses, no valor estimado em US$ 2,30 por dose.
A União Europeia excluiu Brasil, EUA e Rússia da lista para reabertura de fronteiras. As negociações ainda estão em curso e a lista deve ser concluída na noite de hoje, mas segundo fontes diplomáticas, ela contém apenas 14 países e os visitantes de territórios onde a epidemia do novo coronavírus é ainda ativa, como Brasil, Estados Unidos e Rússia, serão barrados a partir de 1° de julho quando as fronteiras externas da UE serão reabertas.
A lista de países considerados suficientemente seguros para que seus cidadãos possam entrar na Europa foi elaborada em uma reunião dos embaixadores dos 27 integrantes da UE e do espaço Schengen (Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça) na noite de ontem. O objetivo é reativar o turismo da região, fortemente afetado com o fechamento das fronteiras externas em 16 de março e o início da quarentena na maioria dos integrantes do bloco, mas com segurança.
O Papa Francisco doou, nas últimas semanas, 35 respiradores artificiais para auxiliar 13 países no combate ao coronavírus. Quatro desses aparelhos serão destinados a hospitais no Brasil, segundo comunicado divulgado ontem. Segundo a Esmolaria Apostólica, órgão do Vaticano responsável por doações e caridade, através do ato o papa “expressa sua proximidade com os países afetados pela pandemia de COVID-19, especialmente aqueles com sistemas de saúde em maiores dificuldades”.
O Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças comunicou ontem que descartou a possibilidade de que o surto de COVID-19 em Pequim tenha sido causado por uma transmissão viral de animais ou pela cepa anteriormente encontrada na cidade de Wuhan. Em um relatório divulgado em seu website, o CDC da China mencionou que os testes massivos indicaram que o surto na capital chinesa deve ser controlado em breve.
Segundo o relatório, uma análise genética das amostras de dois pacientes com COVID-19 e uma amostra ambiental coletada no mercado atacadista de produtos agrícolas de Xinfadi mostrou que o vírus está relacionado a uma cepa europeia, que é mais antiga do que a que circula atualmente na Europa. Os casos ligados ao mercado são, provavelmente, de infecções através do contato entre pessoas, toque em superfícies de objetos contaminados ou ambos.
Os pedidos chineses para que fornecedores externos garantam que suas cargas de alimentos estão livres do novo coronavírus estão fazendo com que alguns exportadores renunciem ao mercado da China, disse nesta sexta-feira um grupo que representa agricultores dos Estados Unidos. A Western Growers, que representa empresas que produzem metade das frutas frescas, vegetais e nozes dos EUA, confirmou que muitos de seus membros receberam tais solicitações das autoridades chinesas.
Em comunicado divulgado na quarta-feira, o USDA e a Administração de Medicamentos e Alimentos dos EUA (FDA) afirmaram que “os esforços de alguns países para restringir as exportações globais de alimentos relacionando-as à transmissão da COVID-19 não são consistentes com o conhecimento científico a respeito da transmissão”. Grandes exportadores de carnes, como a JBS e algumas empresas norte-americanas, concordaram em assinar declarações garantindo a segurança de seus carregamentos. Outros, como exportadores de soja, não o fizeram. Segundo Dennis Nuxoll, vice-presidente para assuntos relacionados ao governo federal do grupo, os exportadores estão preocupados com a possibilidade de autoridades chinesas rejeitarem produtos perecíveis, o que faria dos embarques uma perda total.
ACOMPANHE O STATUS DO CORONAVÍRUS EM TEMPO REAL
FAKE NEWS
Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira: