Foto de capa: Claudio Tavares/ISA
Mais de 250 quilômetros separam duas regiões pobres de São Paulo: o Vale do Ribeira, ao sul do Estado, e a Vila Brasilândia, na zona norte da capital paulista, uma das mais afetadas pela pandemia. Mas, nas últimas semanas, uma rede de doação de alimentos conectou os dois territórios.
Uma iniciativa do Instituto Socioambiental (ISA), ONG que há anos atua com quilombolas da região do Vale do Ribeira, do Instituto Linha D’Água e do Instituto Brasil a Gosto, comprou parte da produção agrícola de 16 comunidades que estava parada por causa da pandemia para doá-la à comunidades pobres do Estado atingidas pela COVID-19. “A interrupção unilateral da compra pelas cidades gerou muita apreensão e insegurança. Além da produção que poderia se perder, as pessoas precisavam de renda para sobreviver”, diz Maurício Biesek, agrônomo e assessor técnico do ISA.
A América do Sul é atualmente considerada a região mais afetada pela perda de horas de trabalho no mundo. O Brasil aprofundou a crise social ao optar por salvar a economia e não priorizar o combate ao vírus. O colapso do setor econômico não conseguiu ser evitado e o país acumula o segundo maior número de mortes do planeta.
Dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho revelam que a região sul-americana teve a maior perda de horas de trabalho no mundo no segundo trimestre do ano, com uma queda de 20,6%. Isso seria equivalente a 32 milhões de postos de trabalho em tempo integral. No caso brasileiro, os números também apontam para uma perda de 20%, uma das maiores do mundo. A taxa é o equivalente a 11 milhões de postos de trabalho em tempo integral.
A Administração Geral das Alfândegas da China suspendeu temporariamente a importação de carne de três frigoríficos brasileiros devido à escalada dos casos de COVID-19 no Brasil. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A pasta suspendeu as exportações para a China de um quarto frigorífico que foi alvo de decisão judicial em decorrência de falha nos procedimentos de prevenção e controle da disseminação do novo coronavírus entre os funcionários.
De acordo com o Ministério, as autoridades sanitárias chinesas solicitaram informações sobre alguns estabelecimentos que exportam para o país e acabaram tendo destaque na imprensa por conta do número de casos de COVID-19 entre seus trabalhadores.
A China pode emergir da pandemia da COVID-19 em melhor forma do que os Estados Unidos, informou a mídia norte-americana, apresentando várias razões. Entre elas o fato da China ter muito menos mortes, disse o artigo escrito por Andy Serwer e Max Zahn, do Yahoo Finance.
Como a China foi capaz de implementar testes, quarentena e rastreamento rigorosos, a disparidade em termos de mortes expandirá certamente, afirmou o artigo. Os economistas do Morgan Stanley preveem que a China seja a única grande economia a crescer no seu produto interno bruto em 2020, e as classes média e média alta devem continuar a crescer muito fortemente na próxima década.
A Organização Mundial da Saúde declarou que pior da pandemia do COVID-19 ainda pode estar por vir. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o vírus infectaria mais pessoas se os governos não implementassem as políticas certas. Sua mensagem segue: “teste, rastreie, isole e faça quarentena”.
Mais de 10 milhões de casos foram registrados no mundo todo desde o surgimento da doença na China no final do ano passado. O número de infectados que morreram está agora acima de 500 mil. Metade dos casos no mundo ocorreram nos Estados Unidos e na Europa, mas a COVID-19 está crescendo rapidamente nas Américas. O vírus também está afetando o sul da Ásia e a África, com o pico da pandemia previsto para chegar no final de julho.
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