Pelo menos dois hospitais do Rio de Janeiro trataram crianças com a recém-descrita Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica causada pelo coronavírus. Trata-se de uma reação inflamatória grave que só acomete crianças e está associada a uma resposta tardia ao Sars-CoV-2. Até agora, foram descritos pouco mais de 200 casos no mundo. A OMS e o CDC já emitiram alertas sobre esses episódios.
No Brasil, ainda não há números oficiais sobre a doença. Somente na UTI Pediátrica do Hospital Pedro Ernesto, no Rio, referência para o tratamento da covid-19, já foram atendidas oito crianças. Os relatos indicam a apresentação de um quadro muito parecido com o da raríssima Síndrome de Kawasaki, uma inflamação sistêmica de causa desconhecida, mais comum na Ásia. Entre os sintomas mais frequentes, febre, conjuntivite, manchas no corpo, vermelhidão na sola dos pés e na palma das mãos.
Crianças com idades abaixo de cinco anos têm entre 10 a 100 vezes mais material genético do novo coronavírus em seus narizes em comparação a crianças mais velhas ou adultos, diz um estudo publicado no periódico JAMA Pediatrics. Segundo os autores, isso significa que crianças mais novas são importantes vetores da covid-19 nas comunidades, algo que faz sentido no cenário observado desde o início da pandemia.
O estudo vem à tona em um momento em que o governo americano insiste fortemente no retorno às aulas e creches no país, como um elemento que ajudaria na recuperação econômica.
O diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde, Michael Ryan, declarou hoje que a situação do Brasil na pandemia de Covid-19 continua a ser “muito preocupante”. O diretor de emergências declarou que a única forma de resolver o problema, no Brasil e em outros países que estão em condições semelhantes, é suprimir a transmissão comunitária, com união das esferas de governo e das comunidades locais. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, no Brasil ou em outros lugares, a situação pode ser revertida.
Na China, o Festival da Cerveja de Qingdao, o maior evento do gênero do país começou na última sexta. A maioria dos visitantes não usam máscaras no imenso espaço ao ar livre, onde passeiam e brindam alegremente sentados em mesas compridas.
A China conteve a pandemia do novo coronavírus em seu território graças ao uso de máscaras, confinamento e rastreamento de contatos. Desde meados de maio, nenhuma morte foi oficialmente contabilizada no país. Uma situação que os participantes do festival internacional da cerveja de Qingdao consideram tranquilizadora.
A Rússia anunciou que está planejando realizar a vacinação em massa contra a covid-19 em outubro de 2020. O ministro da Saúde, Mikhail Murashko, disse à agência de notícias Interfax, que o Instituto Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia, em Moscou, concluiu os ensaios clínicos e a documentação está sendo preparada para registrar a vacina e assim será possível começar a campanha em outubro. Médicos e professores seriam os primeiros a serem vacinados.
Diariamente o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira: