Foto de capa: Lucas Landau
Enquanto milhões de brasileiros acompanham com apreensão o avanço dos números da COVID-19, em laboratórios de todo o mundo, um contingente de cientistas trabalha de forma incessante em busca de mecanismos para prevenir ou conter a doença.
Assim como em diversos países, em universidades e centros de estudos brasileiros, em meio a tubos de ensaio e algoritmos computacionais, professores e pesquisadores tentam desenvolver soluções para enfrentar o novo coronavírus e seus efeitos.
As frentes de atuação são múltiplas: vão desde a busca e os testes com vacinas e medicamentos, passam por sistemas de checagem da temperatura corporal e chegam à construção de equipamentos hospitalares para pacientes graves.
Embora ainda existam muitas dúvidas sobre o coronavírus, médicos que trabalham no enfrentamento da covid-19 dizem que o avanço em relação ao tratamento dos pacientes até aqui já reduz parte das mortes e internações, ao dar um caminho mais claro de como efeitos da doença, como inflamações, podem ser combatidos.
Essa evolução está no aprimoramento de práticas dentro de hospitais, como mudar a posição dos pacientes para melhorar oxigenação (evitando até a intubação de alguns deles), além do uso de remédios para combater efeitos da doença em casos indicados, como a dexametasona (que combate uma reação desproporcional do sistema imunológico que mata alguns pacientes).
Entre os principais avanços no tratamento da covid-19 apontados por médicos que atuam no Brasil estão a pronação, técnica antiga de virar o paciente de bruços para aumentar a quantidade de oxigênio que entra nos pulmões, a avaliação e a possível internação precoce, que aumentam as chances de cura, o estudo de medicamentos contra os sintomas da doença, e a importância da quantidade e da qualidade dos profissionais de saúde como fator essencial no combate ao coronavírus.
A pandemia demonstrou quanto os recentes recursos médicos, sobretudo os que se baseiam na robótica, são ferramentas úteis para lidar com uma doença altamente contagiosa e que põe em risco a integridade de médicos, enfermeiros e outros profissionais que atuam no front dessa guerra.
No Brasil, o Hospital das Clínicas da USP utilizou três máquinas que se dedicam à triagem de pacientes do grupo de risco. Por meio das câmeras dos robôs e de sensores especiais, esses dispositivos são capazes de checar batimentos e enviar relatórios sobre as condições do doente. Mais que isso, em alguns casos eles fazem perguntas ao paciente e interagem com ele, dando-lhe o conforto de uma boa companhia.
Certos robôs têm a capacidade até de executar tarefas de modo mais eficiente que qualquer ser humano. Na limpeza dos leitos, hospitais americanos estão empregando modelos que usam luz ultravioleta para destruir 99% das bactérias e vírus, danificando seu material genético, para que não consigam se multiplicar. Na China, pequenos tanques-robôs percorrem bairros de Wuhan, higienizando com detergente áreas contaminadas.
Em meio a testes e a uma corrida para a produção de vacinas contra o coronavírus, 9 em 10 brasileiros dizem que pretendem ser imunizados assim que o produto estiver disponível.
Segundo pesquisa Datafolha, realizada entre os dias 11 e 12 de agosto, 9% dos entrevistados afirmaram que não tomariam uma vacina fabricada para deter a doença, 89% disseram que sim e 3% não souberam opinar. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Hoje há mais de uma centena de projetos em andamento para produção de vacinas contra a Covid-19 no mundo. Pelo menos 29 desses estão na etapa de testes, sendo que 6 na chamada fase 3, último estágio antes da aprovação.
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