Foto de capa: Xinhua/Zhang Yuwei
A China autorizou o início de testes clínicos em humanos de mais uma possível vacina contra o novo coronavírus – esta seria administrada por spray nasal em vez de injeção, informou o portal de notícias Sina nesta sexta-feira, 11.
Depois de receber aprovação da Administração Nacional de Produtos Médicos, este imunizante começará a primeira fase de testes em novembro com uma centena de voluntários na cidade costeira de Dongtai, na província oriental de Jiangsu. O projeto foi desenvolvido em conjunto pelas universidades de Xiamen e Hong Kong e a empresa de biotecnologia Wantai, em Pequim.
Os especialistas citados pela imprensa estatal afirmam que a conclusão das três fases de testes levaria pelo menos um ano. Mas, se eficaz, a vacina poderia oferecer uma “dupla imunidade” – contra o coronavírus causador da covid-19 e da gripe.
O participante dos testes clínicos da vacina contra a covid-19 da Universidade de Oxford e AstraZeneca que desenvolveu uma reação adversa grave é uma mulher que estava no grupo de voluntários que, de fato, recebeu o imunizante em testes, e não o placebo. As informações foram dadas pelo CEO da farmacêutica, Pascal Soriot, durante uma conferência privada com investidores, segundo revelou o site Stat News, portal americano especializado em notícias de ciência e saúde.
O executivo também teria confirmado que a voluntária manifestou um problema neurológico conhecido como mielite transversa, mas disse que ela já teve alta e passa bem. A intercorrência motivou a suspensão dos testes clínicos da vacina para que um comitê independente avalie se a doença foi causada pelo produto experimental.
A distribuição global de vacina contra o coronavírus pode demandar 8 mil aviões de carga, alertou a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata). Para isso, é necessário “planejamento cuidadoso” e imediato dos governos com a logística aérea de seus países para que problemas graves sejam evitados quando a substância estiver pronta.
De acordo com o órgão, essa será a “missão do século para indústria global de carga aérea”, uma vez que as vacinas vão exigir sistemas de distribuição eficientes, sensíveis ao tempo e à temperatura, recursos de monitoramento para garantir sua integridade e profissionais qualificados para transportá-las. Por serem valiosas em termos financeiros, as vacinas também vão exigir planejamento antecipado de segurança contra roubo e adulteração, destacou a Iata.
A 23ª Vara da Justiça do Trabalho proibiu o retorno das aulas no estado do Rio de Janeiro até que docentes e estudantes sejam vacinados contra a Covid-19 ou “até que se demonstre, de forma concreta, por meio de estudo técnico ou de outro modo, que não há risco aos alunos, professores e à sociedade.”
A decisão estava relacionada à uma ação ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região (Sinpro-Rio). O governo do estado tinha liberado retorno de escolas particulares a partir da próxima segunda (14), mas orientou as prefeituras a decidirem as datas em cada município.
Nas escolas estaduais, o retorno estava previsto para o dia 5 de outubro somente para os alunos que estão sem acesso à internet ou computadores. O governo do estado chegou a elaborar uma cartilha com recomendações e cuidados para o retorno seguro.
O número de pessoas rigorosamente isoladas diminuiu em 2,8 milhões da segunda para a terceira semana de agosto, de acordo com a edição semanal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD COVID19, divulgada hoje (11) pelo IBGE. A pesquisa também estimou em 4,5 milhões a população que não fez restrição na semana de 16 a 22 de agosto. O número representa estabilidade em relação à semana anterior.
A taxa de contágio de coronavírus no país, que indica a velocidade com que o patógeno está se espalhando entre a população, voltou a subir nesta semana, indica cálculo de um dos principais centros de acompanhamento de epidemia do mundo, o MRC, do Imperial College.
Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, os dados apontam uma flexibilização do isolamento por parte da população. “De alguma forma, as pessoas estão flexibilizando as medidas de isolamento social, uma vez que aumenta o percentual de pessoas que estão tendo medidas menos restritivas e diminui o percentual daquelas que aplicam medidas mais restritivas de isolamento“, explica.
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