O governador do estado de São Paulo, João Doria, afirmou hoje que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China não apresentaram nenhum efeito adverso à vacina CoronaVac. O dado faz parte de um estudo divulgado em entrevista coletiva nesta quarta (23).
“Esses resultados comprovam que a Coronavac tem um excelente perfil de segurança e comprova também a manifestação feita pela Organização Mundial da Saúde, indicando a Coronavac como uma das 8 mais promissoras vacinas em desenvolvimento no seu estágio final em todo o mundo”, disse o governador.
Cientistas brasileiros estimaram que Manaus pode ter alcançado a imunidade de rebanho contra o coronavírus com até 66% da população manauara tendo desenvolvido anticorpos para o vírus. Os cientistas alertam, entretanto, que chegaram à conclusão depois de analisar amostras de um banco de doadores de sangue, que não necessariamente representa toda a população da cidade.
A pesquisa, que ainda precisa passar por revisão de outros cientistas, é de 34 autores de várias faculdades da USP, incluindo a Faculdade de Medicina, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, além de outras instituições no Amazonas, em São Paulo e nos EUA.
Um estudo global sobre a saúde mental de meninas e mulheres durante a pandemia do novo coronavírus mostrou que quase 90% das brasileiras entre 15 e 24 anos sentem níveis médios a altos de ansiedade. Realizado pela Ong Plan Internacional, o estudo será divulgado nesta quarta-feira (23) durante a Assembleia da ONU.
“A ansiedade tem a ver com o medo da falta de proteção, medo de alguém da família ficar doente, e do que vem por aí. Além de efeitos colaterais como o acesso à renda. Muitas delas perderam empregos ou tinham empregos informais e foram muito impactadas financeiramente. Isso traz uma ansiedade ainda maior”, explicou à agência RFI Cynthia Betti, diretora executiva da Plan International Brasil.
A Europa se vê diante de um cenário “alarmante”, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS): o continente hoje registra mais casos de Covid-19 que em março e abril, nos piores momentos da pandemia. De Leste a Oeste, países endurecem suas restrições para tentar conter o vírus, buscando evitar a imposição de novas quarentenas nacionais.
A Espanha registrou, na sexta-feira, mais de 11 mil alterações, enquanto na França, os casos diários se aproximaram de 10,6 mil. Restrições foram reimpostas em ambos os países, assim como no Reino Unido – na Inglaterra, os novos diagnósticos praticamente dobraram em uma semana. Países da Europa Central e Oriental, menos afetados na primeira onda, agora também veem um aumento exponencial das infecções.
Os motivos para a aceleração atual são diversos, mas vinculam-se à retomada das atividades após o fim dos bloqueios, entre maio e junho. Como o vírus nunca deixou de circular, bastou um relaxamento para que as taxas de infecção voltassem a crescer.
Diariamente, o Observatório do Coronavírus publica esclarecimentos sobre as mais recentes fake news divulgadas nas redes sociais e aplicativos de mensagens. Confira: