A farmacêutica norte-americana Moderna anunciou, nesta segunda-feira (16), que sua candidata a vacina contra Covid-19, a mRNA-1273, é 94,5% eficaz na prevenção à doença, segundo dados iniciais do estudo de fase 3. Os dados são provisórios e ainda não foram publicados em revista científica. Na prática, se uma vacina tem 90% de eficácia, isso significa dizer que a pessoa tem 90% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for.
A análise provisória da Moderna incluiu 95 participantes do ensaio que receberam um placebo ou a vacina. Destes, apenas cinco infecções ocorreram naqueles que receberam a vacina, que é administrada em duas doses com 28 dias de intervalo.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou hoje que apenas uma vacina não será suficiente para derrotar a pandemia da COVID-19. Desta vez, ele estava presente na sala, após ter-se posto em quarentena por ter tido contato com uma pessoa com diagnóstico positivo para o novo coronavírus.
Em relação à vacina, o diretor-geral e outros diretores da OMS passaram os últimos dias amenizando o otimismo gerado pelo anúncio da Pfizer e da BioNTech de terem dados preliminares de uma vacina na fase III, com uma eficácia de 90%.
Os laboratórios chineses seguem à procura da imunização contra a Covid-19. A quinta vacina que o país está desenvolvendo entrou na “fase 3” de testes, de acordo com informações da agência de notícias Xinhua. A vacina, desenvolvida pela China Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical, será testada em 5 mil voluntários, entre 18 e 59 anos.
A empresa farmacêutica, com sede em Anhui, recebeu aprovação das autoridades locais no mês passado para produzir uma vacina contra o novo coronavírus. O imunizante experimental foi entregue ao Uzbequistão, com especialistas chineses monitorando os participantes e treinando médicos uzbeques, informou a Xinhua.
A França registrou ontem mais 27 mil casos de infecção pelo novo coronavírus, o que indica a manutenção da curva descendente de contágios, após a decretação de confinamento parcial da população e paralisação de parte da atividade econômica. A quantidade é inferior às 32 mil notificações de positivos divulgadas no sábado (14), em balanço oficial. E representa uma queda considerável na comparação com os indicadores da semana passada, quando por mais de um dia foi superada a barreira dos 60 mil casos.
A agência francesa de saúde pública, no entanto, indicou que houve queda no número de infecções por testes realizados, que foi de 16,9%, o que representa quatro décimos percentuais ao menos do que na véspera. Ontem, o número de hospitalizados em todo o território em sete dias foi semelhante ao atingido no pico da primeira onda, registrado em abril.
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