Um soro para tratamento da Covid-19 desenvolvido no Brasil – a partir do plasma de cavalos – apresentou anticorpos neutralizantes contra o novo coronavírus até 150 vezes mais potentes do que os presentes em ex-pacientes da doença. Obtido a partir da introdução do Sars-CoV-2 (o novo coronavírus) em equinos, o medicamento depende da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser testado em humanos. Se tudo der certo, poderá estar disponível aos pacientes antes do meio deste ano.
“Por melhor que seja, não é milagre”, alerta o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio (Faperj), Jerson Lima Silva, que participou do desenvolvimento do soro. “Mas sabemos que, mesmo com todo o otimismo, só teremos de 60% a 70% da população imunizada no final do ano. O ideal seria que já estivéssemos agora tratando as pessoas com o soro”, diz o pesquisador da Universidade Federal do Rio (UFRJ).
Governadores pedem que o Governo Federal compre 54 milhões de doses da vacina CoronaVac. Os governadores solicitaram, por meio de um ofício encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro, que o Governo Federal compre as 54 milhões de doses da CoronaVac com produção prevista pelo Instituto Butantan para os próximos meses, mas ainda sem acordo para aquisição.
O documento ainda pede que, caso o governo resolva não celebrar o acordo, haja liberação para que os estados realizem a compra direta do imunizante. Escrito em primeira pessoa, o ofício é assinado pelo coordenador da temática de vacina no Fórum Nacional de Governadores, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Não há detalhamento de outros nomes que subscrevem o pedido, embora a documentação seja uma manifestação oficial.
Estados e municípios brasileiros têm prioridade na aquisição de doses da CoronaVac, diz o governador de SP. Após críticas sobre a exportação da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com Instituto Butantan, João Doria, governador de São Paulo, disse que estados e municípios têm prioridade para adquirir o lote de 54 milhões de doses da CoronaVac.
O governador fez mais um ultimato ao Ministério da Saúde nesta sexta-feira (29). Em entrevista coletiva, Doria afirmou que, se o governo federal não der uma resposta até o próximo dia 5 de fevereiro se vai comprar ou não 54 milhões de doses da CoronaVac, o Instituto Butantan negociar diretamente com governadores e prefeitos brasileiros. “O País tem pressa em salvar vidas. E nós vamos vacinar os brasileiros”, disse.
Países europeus exigem uso de máscaras profissionais pela população e abrem um novo capítulo no debate sobre os modelos de proteção facial contra o coronavírus. Chegou a hora de deixar a máscara caseira de lado e buscar uma máscara cirúrgica ou de padrão PFF2 e N95? A verdade é que hoje a resposta das autoridades sanitárias a essa questão muda de país para país. Embora as políticas variem, cientistas e estudos apontam que as máscaras N95, PFF2 ou equivalente oferecem um grau maior de proteção e devem ser priorizadas em maior risco.
A França decidiu proibir as máscaras caseiras, exigindo o uso das cirúrgicas, FFP2 (semelhante à PFF2 brasileira e à N95) ou máscaras de tecido feitas de acordo com padrões chamados de categoria 1. Antes, Áustria e Alemanha já tinham anunciado que exigiriam o uso dessas máscaras (cirúrgicas ou PFF2) em locais como transporte público e comércio, que são mais propícios para a transmissão do vírus.
A Justiça de São Paulo suspendeu a retomada de aulas presenciais no Estado de São Paulo. Segundo a decisão da juíza Simone Gomes Rodrigues Casoretti, da 9ª Vara da Fazenda Pública da Capital, foram suspensos os efeitos do decreto de dezembro do ano passado, que autorizava a retomada de aulas e atividades escolares presenciais nas escolas públicas e privadas mesmo nas fases mais restritivas do plano de flexibilização da quarentena (laranja e vermelha). O agravamento da pandemia, segundo ela, motivou a decisão.
Segundo o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, o Estado ainda não foi notificado e o planejamento para a volta segue normalmente. Em nota, o governo afirmou que “irá recorrer da decisão liminar, pois contraria as orientações do Plano São Paulo”. E que “a prioridade da Secretaria da Educação é a segurança e saúde de todos os estudantes e servidores da educação, além do direito à educação, segurança alimentar e saúde emocional de todos os nossos estudantes.” Segundo o Estado, 1,7 mil escolas estaduais foram reabertas em 2020 e não houve registro de transmissão de Covid-19 dentro das unidades.
O governo dos Estados Unidos anunciou o envio de ajuda ao estado do Amazonas, que vive uma crise sem precedentes após aumento no número de casos da Covid-19. A iniciativa, que conta com o apoio do setor privado, já arrecadou mais de R$ 1,6 milhão.
Segundo o comunicado oficial, publicado nas redes sociais, o valor será direcionado na construção de usinas de produção de oxigênio para apoiar os hospitais públicos da região. Leia na íntegra o comunicado.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decidiu cancelar o ponto facultativo de Carnaval em 2021. A ideia é evitar o aumento de aglomerações em meio à pandemia da Covid-19. A decisão deve ser anunciada nesta sexta-feira (29) e publicada no Diário Oficial do município no sábado (30). A expectativa é que não haja ponto facultativo nos dias 15 e 16 de fevereiro.
A Prefeitura de SP pretende elaborar atividades para um Carnaval virtual, das quais os munícipes poderão participar sem flexibilizar medidas de isolamento social. O estado de São Paulo registrou aumento de 15% nas infecções e 11% nas mortes em janeiro, em relação ao mês de dezembro.
A escassez e a dificuldade de acesso a vacinas contra a Covid-19 levantaram uma grande discussão entre os países: seria possível quebrar patentes dos imunizantes para baixar o preço das doses e garantir que bilhões de pessoas sejam vacinadas nos próximos meses? Em outubro do ano passado, Índia e África do Sul levaram uma proposta de suspensão das patentes de produtos de combate ao coronavírus à Organização Mundial do Comércio (OMC), órgão que regula a propriedade intelectual e industrial ao redor do planeta.
A ideia é facilitar a produção de vacinas por países pobres e garantir que bilhões de pessoas tenham acesso ao imunizante. Hoje, as principais vacinas contra a Covid-19 pertencem a laboratórios americanos, europeus e chineses, embora algumas delas tenham sido em parte financiadas pelo poder público e por filantropos — e esse é um dos argumentos a favor da “quebra das patentes”. Por outro lado, não está claro qual será o tamanho do lucro que as grandes farmacêuticas terão com as vacinas.
A Alemanha está preparando proibições de entrada para viajantes do Brasil, Reino Unido, Portugal e África do Sul para limitar a propagação das variantes mais contagiosas do coronavírus que atingem esses países, disse o ministro do Interior, Horst Seehofer. Nesta semana, Portugal, Peru e Colômbia anunciaram a suspensão de todos os voos comerciais ou privados de e para o Brasil. As medidas dos governos português e peruano valem até 14 de fevereiro, com a restrição de Lisboa entrando em vigor nesta sexta-feira e a de Lima no domingo. A de Bogotá teve efeito imediato, com duração de 30 dias.
A China está recorrendo a testes retais para detectar a Covid-19 em indivíduos de risco e em viajantes que chegam do exterior. O país tem conseguido conter a pandemia com testes em massa e lockdowns onde novos casos são registrados. Mas, nas últimas semanas, surtos locais têm levado autoridades de saúde a testar dezenas de milhares de pessoas pelo método PCR.
As amostras geralmente são retiradas do nariz ou da garganta. Mas moradores de vários bairros de Pequim, onde foram descobertos casos recentemente, têm sido submetidos a testes retais, segundo a emissora pública CCTV.
Na última quinta-feira (28), o Brasil teve o terceiro maior número de novas mortes por Covid-19 registradas em um intervalo de 24 horas de toda a pandemia. De ontem para hoje, foram notificados 1.439 novos óbitos causados pela doença no país. Também é o oitavo dia consecutivo que o país apresenta média de mortes acima de mil: a média é de 1.064 óbitos nos últimos sete dias. As informações foram levantadas pelo Consórcio de Veículos de Imprensa, com base nos dados das secretarias estaduais de saúde. Nesta sexta-feira (29), o país conta com 221.849 óbitos e 9.070.575 casos de infecção por Covid-19.
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