O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (10) a antecipação da campanha de vacinação para idosos no Estado. Prevista para começar na próxima segunda-feira (15), a vacinação para os 309 mil idosos – de 85 a 89 anos – começará nesta sexta-feira (12). Os idosos de 80 a 84 anos começam a receber a vacina em 1º de março.
Segundo o governador de São Paulo, a vacinação foi antecipada devido a distribuição antecipada da vacina do Instituto Butantan, com mais 900 mil doses do imunizante para oferecer aos idosos no Estado. As notícias são acompanhadas da vinda de mais 8,7 milhões de doses da vacina da CoronaVac, que chegaram ao País na manhã desta quarta-feira (10).
Doria disse que há 27,1 milhões de doses da vacina em solo brasileiro, das quais 9,8 milhões de doses do imunizante já foram cedidas ao Ministério da Saúde para integrar o Programa Nacional de Imunização (PNI). Os 17,3 milhões restantes estão em fase final de produção e envase no Instituto Butantan e serão entregues de forma gradual por meio do Ministério da Saúde a partir do dia 23 de fevereiro.
De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, a expectativa é que a produção de vacinas tenha continuidade pelo menos até setembro, quando o instituto prevê completar a entrega das 100 milhões de doses previstas no acordo com a Sinovac.
Em meio à alta de casos de Covid-19 no País e ao avanço de novas variantes do coronavírus no mundo, incluindo uma cepa com origem no Amazonas, o Brasil reduziu o número de exames de sequenciamento genético do vírus, procedimento que tem como objetivo justamente verificar as linhagens circulantes em cada região e identificar o surgimento de novas variantes.
Entre março e maio de 2020, início da pandemia, foram realizados 1.823 sequenciamentos no País. Já entre novembro e janeiro, foram 585 genomas sequenciados, conforme dados da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir das amostras depositadas no site Gisaid, banco online de sequenciamentos com dados do mundo inteiro.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ritmo de novas infecções por Covid-19 diminuiu 17% na última semana (de 1 a 7 de fevereiro). Foi a quarta semana consecutiva com redução de novos casos. Ao todo, segundo dados da OMS, foram registrados mais de 3,1 milhões de novos casos de Covid-19. É o menor número semanal de novas infecções desde outubro.
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na última terça-feira (9), por unanimidade, a regulamentação que dispensa a exigência de registro e de autorização temporária de uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 adquiridas pelo Ministério da Saúde no âmbito do Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 (Covax Facility).
Segundo a diretora da Anvisa Meiruze Sousa Freitas, relatora do processo, o objetivo da medida é enfrentar o caráter de emergência de saúde pública no país, tendo em vista que o Brasil permanece como um país altamente impactado pela pandemia do novo coronavírus.
A transmissão da Covid-19 no Brasil continua sem controle, com uma leve oscilação negativa, de acordo com um levantamento realizado pelo Imperial College de Londres. O levantamento é divulgado semanalmente e monitora o avanço da doença em diferentes países. Os dados são da semana epidemiológica encerrada na última segunda-feira (8) e apontam que não há desaceleração do contágio.
A universidade britânica aponta que o Rt brasileiro varia entre 0,91 até 1,05. Quando o Rt está acima de 1, os números indicam que o vírus continua avançando sem controle.
A potencial vantagem da CoronaVac contra variantes do coronavírus. Quando os resultados da CoronaVac foram divulgados, mostrando eficácia global de 50,38% contra a Covid 19, o imunizante foi alvo de ataques por ter um percentual de proteção menor que imunizantes como Oxford-AstraZeneca e Pfizer, embora também impedisse 100% de casos graves da doença.
Agora, porém, a vacina feita pelo Instituto Butantan em conjunto com a farmacêutica chinesa Sinovac, pode apresentar uma vantagem importante contra as variantes da África do Sul (batizada de 501.V2) e de Manaus (P.1), que possuem a mutação E484K, capaz de driblar a ação de anticorpos do sistema imune. Segundo virologistas e microbiologistas ouvidos pela BBC News Brasil, a CoronaVac possivelmente terá sua eficácia menos afetada por variantes, embora pesquisas ainda precisem ser concluídas para confirmar o impacto.
A Alemanha planeja prorrogar as restrições para conter a disseminação do coronavírus até 14 de março, mostrou o esboço de um acordo para conversas entre a chanceler, Angela Merkel, e líderes dos 16 estados do país hoje (10). O número de novas infecções diárias vem caindo na Alemanha, o que leva alguns líderes regionais a pressionarem por um cronograma de amenização do lockdown, mas são cada vez maiores os temores de um impacto de linhagens mais infecciosas do vírus na quantidade de casos.
O Ministério da Saúde pretende acelerar a vacinação contra a Covid-19 no Amazonas para tentar conter o avanço da doença na Região Norte, informou ontem a pasta, seguindo uma estratégia apresentada pelo Fórum de Governadores.
“Estuda-se antecipar a imunização da população, de forma que não implique na falta de vacinas para os demais estados. Isso só será possível com a chegada das novas aquisições. Esta medida será proposta ao Conass (Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde) e ao Conasems (Conselho dos Secretários Municipais de Saúde) e implementada com o apoio do Ministério da Defesa”, informou o ministério em nota.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina da AstraZeneca seja de dois a três meses. O anúncio de como a vacina da empresa britânica deve ser administrada ocorreu nesta quarta-feira (10), depois de uma reunião entre especialistas de todo o mundo e a direção da entidade internacional, em Genebra.
O imunizante da AstraZeneca é a principal aposta do governo brasileiro, que fechou um acordo milionário com a empresa para garantir abastecimento e produção. Apesar das dúvidas geradas em relação à eficácia da vacina da AstraZeneca diante das variantes do vírus nas últimas semanas, os especialistas recomendaram à OMS que a imunização não deve ser interrompida e que as doses da empresa britânica devem continuar a ser administradas.
Há 20 dias, o Brasil apresenta mais de mil vítimas na média de mortos pelo novo coronavírus confirmados em 24 horas. A média é de 1.029 vítimas nos últimos sete dias, conforme dados das secretarias estaduais de saúde captados pelo Consórcio de Veículos de Imprensa. Foram registradas 1.340 mortes nas últimas 24 horas.
O número é o maior em 12 dias, desde as 1.439 vítimas computadas no dia 28 de janeiro. É o quarto dia com mais mortes em todo o ano. Em 28 de janeiro, o país registrou 1.439 mortes, a pior marca em 2021. Em outros dois dias houve mais óbitos do que hoje: 20 de janeiro (1.382) e 8 de janeiro (1.379). Isso não indica, porém, quando as mortes ocorreram de fato, mas sim a data em que passaram a constar dos balanços oficiais.
Os especialistas chineses e da Organização Mundial da Saúde (OMS) que investigam a origem do novo coronavírus em Wuhan anunciaram, na última terça-feira (9), que não há evidências suficientes para determinar que Covid-19 se disseminou pela cidade, localizada no centro da China, antes de dezembro de 2019.
“Não há indicação da transmissão do Sars-Cov-2 [vírus que causa a covid-19] na população do período anterior a dezembro de 2019”, disse o chefe da equipe da China, Liang Wannian, em entrevista coletiva hoje. Wannian acrescentou que “não há evidências suficientes” para determinar se o vírus já havia se espalhado na cidade antes disso.
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