Depois do aval do Supremo Tribunal Federal (STF), cerca de 100 prefeituras formalizaram nesta segunda-feira (1º de março) a criação de um consórcio para a compra de vacinas contra a Covid-19. A decisão foi tomada neste sábado (27).
O grupo inclui capitais como Curitiba (PR), Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MT), Porto Velho (RO), Manaus (AM), Campo Grande (MS) e Aracaju (SE), além de cidades como Campinas (SP), Ribeirão Preto (SP) e Petrolina (BA). Segundo Jonas Donizetti, presidente da Frente Nacional de Prefeitos, cerca de 100 municípios confirmaram interesse.
O Estado de São Paulo atingiu um novo recorde de ocupação em UTIs (unidades de terapia intensiva) para pacientes com Covid-19. Diferentemente do primeiro pico da pandemia, entre maio e junho do ano passado, o aumento tem sido proporcionado por jovens, com 60% da ocupação dos leitos.
Segundo o governo, um dos motivos é que estes jovens, por não apresentarem problemas prévios de saúde, demoram a procurar assistência médica e chegam ao hospital em um estágio mais avançado da doença. Além disso, o crescimento nas faixas etárias de 30 a 50 anos também pode ser creditado às festas de Carnaval, há duas semanas.
O agravamento da Covid-19 em um paciente obriga equipes médicas de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) a realizarem a intubação em quase metade dos internados. Mesmo assim, desses, dois a cada três não resistem e morrem durante o tratamento.
Os dados fazem parte do projeto “UTIs Brasileiras”, da Amib (Associação de Medicina Intensiva Brasileira) em parceria com a empresa Epimed, que traz os dados de 98 mil internações desde 1º de março de 2020.
“Estamos fazendo o melhor. Mas tudo tem limite. Recursos, recursos humanos, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, espaços em UTI para aumentar… Nós temos o risco de colapsar.” O alerta foi dado por Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde de São Paulo. O Governo João Doria já admite o pior: em 20 dias o Estado de São Paulo pode assistir a um colapso das redes pública e privada de hospitais caso o ritmo de novas internações por covid-19 em UTIs — hoje de 100 novos pacientes por dia — continue crescendo.
Não há plano B caso a estrutura de saúde robusta do Estado mais rico do país não aguente a demanda, já que agora o expediente de ampliar leitos está no limite e os casos graves de coronavírus disputam vagas com pacientes graves de outras doenças. Para piorar, não é apenas São Paulo que flerta com a crise aguda: Estados de todas as regiões enfrentam taxas altíssimas de ocupação dos leitos de atenção especializada.
Governadores de 16 estados assinaram uma carta na qual contestam o presidente da República, Jair Bolsonaro, por uma postagem na qual listou valores que o governo federal teria repassado em 2020 a cada estado. De acordo com o documento, os recursos efetivamente repassados para a área de Saúde é “absolutamente minoritária” dentro do montante publicado pelo presidente.
Na conta simplificada que retirou do Portal da Transparência, Localiza SUS e Senado Federal, Bolsonaro citou valores diretos (saúde e outros), indiretos (suspensão e renegociação de dívidas) e colocou à parte o valor do auxílio emergencial. A postagem ocorre em um momento em que o governo federal é cobrado a voltar a financiar leitos de UTI (unidade de terapia intensiva) destinados a pacientes com Covid-19.
Responderam que o vírus continuará a circular em bolsões espalhados pelo mundo em 89% dos cientistas entrevistados. Segundo eles, o Sars-CoV-2 se tornará endêmico, isto é, sua transmissão persistirá por anos ou décadas em várias regiões do globo. Quando a pergunta foi se ele será eliminado pelo menos em alguns países, apenas 40 % julgaram que isso seja provável.
No momento em que esta reportagem é publicada, mais de 2,5 milhões de vidas haviam sido perdidas, sendo mais de 252 mil delas no Brasil, número que aumenta aos milhares a cada dia. A economia global, as complexas redes de relações internacionais, a saúde mental individual, o vai e vem da vida cotidiana: nada foi poupado durante a pandemia.
Quando pensamos em Covid-19, no entanto, o “trauma” pode não ser a primeira coisa que vem à cabeça, quanto mais “trauma coletivo”. Outras referências — econômicas, políticas, ecológicas, científicas — podem parecer mais adequadas. E mesmo dentro do campo da saúde mental, “trauma” não costuma ser o tema preferido nas discussões da mídia, que se concentram mais em outros problemas como depressão, ansiedade, solidão e estresse.
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