Durante entrevista à imprensa, o vice-diretor da Comissão Nacional de Saúde da China, Li Bin, disse que, até o último domingo (14), foram administradas 64,98 milhões de doses no país asiático. Algumas regiões, como Pequim, já vacinaram residentes com mais de 60 anos, após terem completado a campanha de vacinação para grupos profissionais com mais exposição ao coronavírus, incluindo funcionários portuários ou de saúde.
A China prevê vacinar entre 70% e 80% da sua população até ao final deste ano ou meados de 2022, e alcançar assim a imunidade coletiva.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello anunciou – nesta segunda-feira (15) – a assinatura do contrato com a Janssen e a Pfizer para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, o que deve garantir 138 milhões de doses ao Brasil até novembro de 2021.
As doses vão chegar de forma escalonada, de abril até novembro deste ano. Serão 100 milhões de doses da Pfizer e outras 38 milhões da Janssen. Durante a coletiva, o ministro também confirmou que pode sair nos próximos dias do cargo, caso seja a opção do presidente Jair Bolsonaro.
O governo de São Paulo anunciou – nesta segunda-feira (15) – que idosos acima de 70 anos serão vacinados contra a Covid-19, a partir do dia 29 de março, nas unidades de saúde e nos postos drive-thru. A data foi divulgada durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Pelo calendário estadual, idosos acima de 75 anos começaram a receber a primeira dose da vacina nesta segunda-feira. Na próxima semana, a imunização irá contemplar a faixa-etária de 72 a 74 anos.
O governador de São Paulo, João Doria, disse que não descarta endurecer ainda mais as restrições no estado para conter o avanço da Covid-19 caso a atual fase emergencial não dê resultados. Segundo Doria, a fase mais aguda de restrições seria um lockdown (confinamento). O governador não especificou como seria o confinamento e disse que as decisões são tomadas pelo Centro de Contingência do Coronavírus, formado por mais de 20 médicos e cientistas.
Em meio à possibilidade sobre mais uma troca de comando no Ministério da Saúde — se concretizada, a terceira desde o início da pandemia de Covid-19 — dados divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que o Brasil quebrou um novo recorde: o país liderou o número de casos e mortes no mundo nos últimos sete dias, ultrapassando os Estados Unidos.
Foram 494.153 novos casos da doença causada pelo novo coronavírus e 12.335 mortes no período no Brasil, contra 461.190 e 9.381, respectivamente, nos Estados Unidos. Nas últimas 24 horas, o Brasil também superou os EUA tanto em número de casos quanto em mortes. Foram 85.663 casos e 2.216 mortes no Brasil contra 62.840 e 1.388 nos EUA, respectivamente. O País também subiu no ranking e é a 2ª nação com maior número de infectados por Covid-19 no mundo.
Os governos de Alemanha, Itália, França e Espanha anunciaram – nesta segunda-feira (15) – que suspenderão o uso da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e a Universidade de Oxford. Os quatro países disseram que a medida foi tomada por “precaução”, devido aos relatos de formação de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam o imunizante.
Em nota, o governo da Alemanha afirmou que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o órgão regulador do setor na União Europeia (UE), decidirá “se as novas informações afetarão a autorização da vacina”.
Com UTIs lotadas e ritmo lento de vacinação, governadores e prefeitos tentam frear o vírus endurecendo as medidas. Em São Paulo, começa nesta segunda-feira (15) a “fase emergencial”, ainda mais restritiva do que a fase vermelha. Todo o estado, incluindo a capital, contará com restrições a lojas de materiais de construção, teletrabalho em escritórios e órgãos públicos e proibição de cerimônias religiosas. Também houve restrição ao funcionamento de escolas estaduais, que entrarão em recesso a partir de hoje.
A Prefeitura de São Paulo abriu 19 unidades de assistência médica ambulatorial (AMA), no domingo (14), para o atendimento exclusivo de pacientes com crises respiratórias. Hospitais-dia também vão atender pacientes transferidos de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Toda essa estratégia tem apenas um objetivo: desafogar a demanda nos hospitais da cidade no atendimento aos casos do novo coronavírus. As unidades, que atuam na área de atenção básica de saúde, vão realizar procedimentos de baixa e média complexidade, como inalação, oxigênio e medicação. Serviços de urgência e emergência vão destinar esforços para os casos de maior complexidade.
A ciência nunca havia investigado nada com a mesma intensidade do que o novo coronavírus. A comunidade científica publicou quase 350.000 estudos sobre o patógeno, segundo a empresa britânica Digital Science. Mas ainda restam perguntas importantíssimas por resolver após um ano de pandemia. Meia dúzia de especialistas falam sobre cinco dos principais enigmas.
Como o coronavírus chegou aos humanos? Quanto tempo a proteção das vacinas irá durar? As variantes do vírus piorarão a pandemia? Por que há infectados que morrem e outros que sequer notam que se infectaram? Como será o futuro após a pandemia?
Segundo cientistas britânicos diretamente envolvidos em algumas das principais pesquisas sobre mutações do coronavírus, o cenário atual no Brasil, que combina início da vacinação com transmissão descontrolada da Covid-19, pode tornar o país uma “fábrica” de variantes potencialmente capazes de escapar por completo da eficácia das vacinas.
A repórter Nathalia Passarinho, da agência de notícias BBC News Brasil, conversou com pesquisadores da universidade Imperial College London e da Universidade de Leicester e explica isso neste vídeo. Os cientistas afirmam que lockdowns e outras medidas de contenção são particularmente necessários durante a vacinação de uma população.
O Fórum Nacional de Governadores solicitou – no último domingo (14) – a regulamentação da lei para aquisição de vacinas contra a Covid-19 e a implantação de medidas restritivas ao governo federal. Os pedidos foram feitos em meio a atos a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, que mostram contrariedade às medidas mais duras de isolamento social impostas por governadores.
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