O presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, acredita que o Brasil tem argumentos suficientes para conseguir a liberação de cerca de 30 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca que estão estocadas nos Estados Unidos.
Em entrevista nesta segunda-feira (22), Donizette explicou os objetivos do consórcio de prefeituras, que vai ser instalado hoje para ajudar no combate à covid-19, e disse que a situação do país deve despertar a atenção de todos o mundo.
O avião com 1,02 milhão de doses da vacina AstraZeneca/Oxford, contra Covid-19, vindo da Coreia do Sul, chegou no domingo (21) ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. De acordo com o Ministério da Saúde, a aeronave pousou às 17h32.
Essa é a primeira remessa dos imunizantes adquiridos por meio do consórcio global Covax Facility. Outras 1,9 milhão de doses devem desembarcar no país até o final do mês de março.
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca tem eficácia de 79% para prevenir casos sintomáticos da doença e não aumenta o risco de coágulos sanguíneos, anunciou a empresa farmacêutica hoje, após testes de eficiência de fase 3 nos Estados Unidos, Chile e Peru.
O imunizante se mostrou seguro e 100% eficaz contra casos graves da doença, que precisam de internação de pacientes. A vacina também foi efetiva em 80% em pessoas com mais de 85 anos, afirmou o laboratório. Os resultados foram divulgados pela empresa após testes com 32 mil voluntários em diferentes faixas etárias.
O uso de doses baixas de aspirina pode ajudar a proteger os pulmões e reduzir a necessidade de colocar pacientes em ventiladores, afirma um estudo feito por pesquisadores da George Washington University, dos Estados Unidos, publicado na revista Anesthesia & Analgesia.
Segundo o estudo, o remédio também pode ajudar a manter pacientes fora da UTI e reduzir o risco de morte, provavelmente evitando pequenos coágulos sanguíneos.
Depois de um forte aumento nas últimas semanas, a tendência de novos casos, internações e mortes por Covid-19 deve continuar em alta no país. Dados do boletim Infogripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontam que 23 das 27 unidades da federação registram essa tendência.
Diante do colapso hospitalar em todas as regiões, números ainda mais altos de óbitos, 4 ou 5 mil por dia, não podem ser descartados, segundo especialistas. Com o ritmo lento de vacinação, eles defendem medidas mais duras de distanciamento social para impedir que esse cenário se torne realidade.
A reunião de emergência marcada para discutir, no domingo (21), a escassez de medicamentos para intubação de pacientes foi cancelada porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não enviou o email que deveria convocar e confirmar o horário do encontro.
A conversa foi acertada verbalmente no sábado (20). Dela participariam diretores da agência, representantes do Ministério da Saúde, da indústria, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que representa os estados.
Os participantes ficaram esperando o e-mail de confirmação da reunião, ou mesmo um telefonema — que não chegou. O “cano” da Anvisa foi confirmado à coluna pelo Conasems e pelo Conass.
Pela 1ª vez desde o início da pandemia, a cidade de São Paulo registrou falta de oxigênio para o tratamento de pacientes com Covid-19. Na noite de sexta-feira (19), 10 pacientes foram transferidos por falta do insumo médico em uma das unidades de saúde da cidade mais populosa do Brasil.
A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, não recebeu os cilindros necessários, segundo a prefeitura. A empresa White Martins, produtora dos cilindros utilizados nos hospitais, negou qualquer atraso ou problema de fornecimento.
Países ricos, incluindo o Reino Unido, estão bloqueando propostas que poderiam ajudar nações em desenvolvimento a aumentar suas capacidades de fabricação de vacinas, segundo documentos aos quais o programa BBC Newsnight teve acesso.
Vários países mais pobres pediram ajuda à Organização Mundial da Saúde (OMS), mas as nações mais ricas, como Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia, estão rejeitando disposições do direito internacional que poderiam permitir que isso acontecesse. A informação está contida em texto de negociação de uma resolução da OMS sobre o assunto.
A primeira mutação do SARS-Cov-2, ou coronavírus, já estava em circulação pelo menos dois meses antes do primeiro caso humano de infecção em Hubei, na China. A conclusão faz parte de um novo estudo conjunto das Universidades americanas do Arizona, Califórnia e da empresa de pesquisas genéticas Illumina.
Em artigo publicado na revista Science, os pesquisadores analisaram as estruturas genéticas do vírus para saber o exato momento em que o genoma que deu origem ao primeiro caso de infecção – e posteriormente às novas mutações – começou a circular.
O anúncio da escolha de Marcelo Queiroga para ministro sem nomeá-lo de fato e sem que Eduardo Pazuello deixe o cargo levou a pasta da Saúde a ficar sem comando, dizem os secretários de Saúde.
A expressão usada é a de que não há lá “absolutamente ninguém” para estabelecer diálogo ou tomar decisões. Não bastasse a situação, há cerca de seis meses os técnicos da pasta foram impedidos de pactuar contratos, o que era rotineiro, rompendo assim mais uma ponte entre estados, empresas e o governo federal.
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