Foto de capa: Rachel Patrasso / Reuters
Ouça a matéria:
O Brasil chegou à marca dos 12 mil casos confirmados de COVID-19. De acordo com os novos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, 12.056 casos foram confirmados e 553 pessoas faleceram em decorrência da doença. Em um comparativo com os números liberados nos dias anteriores, nota-se uma ligeira redução nas taxas diárias de infecção e óbito. Contudo, especialistas alertam que ainda é cedo para comemorar.
De acordo com os profissionais, a impossibilidade de uma testagem ampla dificulta a correta interpretação dos dados. Além disso, os testes levam alguns dias para ficarem prontos, e com a grande demanda, estão demorando mais do que o normal. Os especialistas enfatizaram que usar os números do dia-a-dia como parâmetro para dizer que a pandemia está diminuindo ou aumentando gera uma noção falsa de melhora do quadro.
Para manter as medidas preventivas contra a epidemia, o Governo de São Paulo anunciou a ampliação da quarentena em todo o Estado até o dia 22 de abril. A decisão tem enfrentado pressão de varejistas para o retorno das atividades, bem como do próprio presidente Jair Bolsonaro. O funcionamento de comércios em algumas cidades do interior paulista já havia sido liberado. Durante a coletiva, o governador João Dória enfatizou que não há flexibilização na medida, e que a Polícia Militar fará a orientação, num primeiro momento, para evitar aglomerações nas ruas.
O hospital de campanha instalado no Estádio do Pacaembu começou a receber pacientes nesta segunda-feira. O local funcionará de portas fechadas, ou seja, quem tiver sintomas não deve procurar o espaço. O atendimento é destinado exclusivamente a pacientes diagnosticados com coronavírus transferidos da rede municipal da saúde. A Secretaria de Estado da Saúde gastou cerca de R$ 8 milhões com a implantação das estruturas hospitalares temporárias nos complexos do Anhembi e Pacaembu. Juntos, eles serão ocupados por dois mil leitos.
Membros do Governo Federal se envolvem em mais um incidente diplomático com a China. O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, fez uma publicação em seu perfil no Twitter na qual usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, para ironizar a China. Weintraub publicou a capa de um gibi com a bandeira chinesa e postou uma mensagem trocando a letra “R” por “L”, como faz o personagem Cebolinha.
A publicação não foi bem recebida: além de ser duramente criticado por usuários da rede, o perfil da Embaixada da China no Brasil falou sobre o episódio com grande indignação. O órgão afirma que “tais declarações são completamente absurdas e desprezíveis, que têm cunho fortemente racista e objetivos indizíveis, tendo causado influências negativas no desenvolvimento saudável das relações bilaterais China-Brasil”. O embaixador Yang Wanming também se manifestou, dizendo que aguarda uma declaração oficial do lado brasileiro sobre as palavras feitas por Weintraub.
O Ibrachina emitiu uma nota de repúdio contra a declaração do Ministro da Educação, classificando-a como “sinofóbica, xenofóbica, racista e difamatória”. O Instituto afirma que manifestações como essa causam dor e sofrimento, e lamenta que “espaços destinados aos ideais de grandeza humanista e intelectual sejam ocupados por ideias muito aquém da estatura que a instituição exige e os brasileiros merecem”.
Em entrevista realizada na tarde de hoje, Weintraub negou que tenha cometido racismo contra o povo chinês e fez novos ataques ao governo chinês. O Ministro condicionou um pedido de desculpas à venda de 1 mil respiradores da China para o Brasil a preço de custo.
O Ministério da Saúde anunciou a aquisição de 15 mil respiradores mecânicos da China, que serão usados em pacientes que não conseguirem respirar sozinhos nos casos graves de COVID-19. De acordo com a pasta, o valor de cada dispositivo é de US$ 13 mil cada, com investimento de R$ 1 bilhão. A empresa tem até 30 dias para entregar os equipamentos no Brasil. João Gabbardo, Secretário-Executivo do Ministério da Saúde, informou que tem mantido diálogo permanente com produtores brasileiros de respiradores para garantir a oferta no país, e que 17 mil respiradores adquiridos de empresas nacionais serão entregues ao longo de 90 dias.
ACOMPANHE O STATUS DO CORONAVÍRUS NO BRASIL EM TEMPO REAL
LINKS RELACIONADOS
- Bolsonaro ameaça, mas desiste de demitir Mandetta nesta segunda-feira
- ‘Quero que esse pesadelo termine logo’, diz primeira indígena infectada pelo coronavírus no Brasil
- Coronavírus: Brasil testará tratamento com plasma – Época Negócios | Brasil
- Brasil está razoavelmente bem no combate ao coronavírus, diz Barroso
- Crise do coronavírus deve provocar aumento da pobreza no Brasil
- Itália se prepara para conviver com o coronavírus
FAKE NEWS
- Coronavírus: com interação por WhatsApp, robô virtual tira dúvidas e desmente fake news
- Toffoli critica fake news em meio ao coronavírus e diz que não adianta achar que a Terra é plana
- GSMA condena ataque a antenas 5G após fake news relacionadas ao coronavírus
- É #FAKE que governo da Alemanha recomendou substituir tapete por pano com água sanitária para evitar a Covid-19