Chen Xiaofen nasceu no interior da província de Guǎngdōng, no Sul da China. Sua família imigrou para o Brasil em 2000, quando ela tinha 14 anos. “Como não sabia falar nada de português, parecia algo impossível para mim”, contou em entrevista ao Ibrachina.
Seus pais trabalhavam em uma pastelaria no Rio de Janeiro, e ela ajudava. “Lembro que a gente tinha muita dificuldade para resolver qualquer tipo de problema, por causa da comunicação. Coisa simples como pegar um táxi, ir ao hospital ou até mesmo pagar as contas e os impostos”, lembra.
Nessa época, lutou contra o preconceito por não dominar a língua local, mas desejava se aproximar do povo brasileiro. Contou com a ajuda de uma prima que falava português muito bem e estudou muito até ter segurança. “Quando percebi que estava conseguindo ajudar meus pais com a língua portuguesa, eu me senti muito feliz e realizada”, pontua.
Essa experiência lhe despertou para o ensino. Em 2004, a professora Yuan Aiping, que atualmente é diretora da Escola Chinesa Internacional, convidou Chen para ser professora de mandarim no Centro Cultural China-Brasil. “Como eu realizei o meu sonho de falar português, minha missão passou a ser a de ensinar mandarim para os brasileiros.”
Chen se especializou no ensino de chinês e começou a dar aulas com método próprio, baseado nas técnicas que usou para aprender português. Em 2007, deu aulas em grandes empresas e na Marinha do Brasil.
Posteriormente migrou para a internet. O desejo de compartilhar seu conhecimento com mais pessoas a fez começar o canal de YouTube “Aula de Chinês”. Gravou diversas aulas e começou a distribuir conteúdo online e totalmente gratuito para todos que tivessem interesse em conhecer a cultura chinesa e aprender mandarim. O resultado foram quase 3 milhões de visualizações de seu conteúdo somente no YouTube.
No Instagram, além de aulas e dicas sobre a língua, mostra um pouco de sua vida e responde perguntas sobre cultura chinesa.
O método de ensino desenvolvido por ela foi batizado de “7D”, que acostuma o aluno manter o contato com o idioma 7 dias por semana, com exercícios estratégicos para explorar e desenvolver cada habilidade. Seu curso – Chinês Master – foi criado para os alunos aprenderem chinês para negócios e do dia-a-dia do zero ao avançado. “Os meus alunos são de todas as idades, desde 2 anos até mais de 70 anos”, reforça.
A professora aponta como diferencias de suas aulas o apelo a questões como imaginação, que facilita o aprendizado dos caracteres, gerando a um gancho mnemônico que promove uma rápida associação. Por isso há lições específicas sobre a etimologia do ideograma. Também aposta na emoção, desafiando os alunos a gravarem vídeos falando mandarim e depois assisti-los para se autocorrigir. Os alunos que seguem todos os passos conseguem se comunicar em mandarim em cerca de 10 meses.
Questionada sobre a popularização crescente da língua chinesa entre os brasileiros, Chen acredita que o mandarim é um diferencial para o mercado de trabalho. “Há uma procura muito grande de estudantes brasileiros por cursos de pós-graduação na China. Tudo isso demanda um número crescente de profissionais que dominem a língua, seja para trabalhar nas empresas chinesas que se instalam no Brasil, atuar nas brasileiras que vão para a China ou para participar desses projeto”, explica.
Além disso, ela identifica um interesse maior pela cultura chinesa por conta das artes marciais, medicina tradicional chinesa, séries e filmes, música, dança e expressões artísticas.
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