Com mais de 30 anos de desenvolvimento, as zonas nacionais de alta tecnologia da China tornaram-se fundamentais para a inovação, a indústria e o desenvolvimento econômico e regional do país. Também contribuíram efetivamente para a mudança do modelo de crescimento, modernização estrutural e competitividade internacional.
Ao longo de 2021, as 169 zonas de alta tecnologia da China mostraram forte resiliência antirrisco e forte crescimento. A receita anual dessas zonas superou 48 trilhões de yuans (US$ 7,6 trilhões) em 2021, um aumento anual de cerca de 12%, explicou Shao Xinyu, vice-ministro da Ciência e Tecnologia à agência Xinhua.
De acordo com a estimativa inicial, os lucros das zonas de alta tecnologia totalizaram 4,2 trilhões de yuans, um aumento anual de cerca de 17%. Os polos tecnológicos chineses contribuíram com cerca de 13% do PIB, embora ocupem apenas 0,1% da área terrestre do país.
De fato, a China está colhendo bons frutos de sua longa tradição no investimento em desenvolvimento de tecnologia. Enquanto algumas nações concentram o desenvolvimento tecnológico em alguma cidade ou região, a China tem diferentes zonas de alta tecnologia, espalhados por seu território. O mesmo ocorre com a expansão das zonas de livre comércio, que iniciaram em Shanghai (2013) e chegaram a 19 no ano passado.
As zonas de alta tecnologia tornaram-se um importante motor do crescimento econômico da China, fazendo parte da estratégia nacional de ciência e tecnologia, que reúne empresas privadas, institutos de pesquisa e universidades.
Também ajudam a estimular o empreendedorismo e a inovação, gerando empregos para universitários recém-formados. Esses polos tecnológicos servem como uma plataforma para a China se integrar melhor às cadeias industriais e de suprimentos internacionais. Por exemplo, foi numa dessas zonas que surgiu o primeiro supercomputador chinês e também o primeiro chip de inteligência artificial.
Alguns exemplos desses polos são o Parque Científico de Zhongguancun, dedicado à tecnologia da informação de nova geração; os Laboratórios Nacionais para Optoeletrônica, de Wuhan; e o Parque de Alta Tecnologia de Zhangjiang, em Xangai.