A fabricação de papel é uma das Quatro Grandes Invenções do povo chinês, juntamente com a pólvora, a bússola e a impressão com tipos móveis. Sem dúvida, elas ajudaram a mudar o mundo.
No século 2, Cai Lun (蔡伦), serviçal da corte imperial da dinastia Han, inventou um processo para fazer papel usando cascas de árvore, trapos de tecido de cânhamo. Ele passou por vários processos, até chegar a uma forma barata de produção. No início, o papel era principalmente reservado para a produção de obras literárias, mapas a correspondências oficiais.
Contudo, em 1391, na Dinastia Tang, surgiram as primeiras menções do uso de papel higiênico na China por membros da realeza. O oficial Yen Chih-Thui, mencionou o uso de papel higiênico em um texto do ano 589 que dizia: “papel no qual há citações ou comentários dos Cinco Clássicos ou nomes de sábios, com uso para fins sanitários”. Isso sugere que os chineses já começaram a usar o papel como meio de se limpar, embora não mencione a produção de um papel feito especificamente para esse fim.
Com o tempo, o uso do papel para limpeza sanitária acabou se espalhando por toda a China. Há registros que, no século 14, fabricava-se anualmente de cerca de dez milhões de embalagens de papel higiênico apenas na província de Zhejiang.
No mundo ocidental, a invenção é atribuída ao norte-americano Joseph Gayetty, que o comercializou pela primeira vez em 1857.