Lançado pela Editora Autêntica, o livro “China contemporânea – Seis interpretações” reúne reflexões de destacados analistas brasileiros, um grupo selecionado por suas contribuições relevantes e originais, resultantes de estágios de pesquisas no território chinês.
Conforme lembra a editora, a trajetória recente da China não cessa de causar admiração, por seu impressionante desenvolvimento econômico, incluindo o surgimento de cidades monumentais e a consolidação como um país precursor na criação de novas tecnologias.
Nas 200 páginas da obra, seus autores buscaram oferecer explicações sobre a gênese, o desenvolvimento e o futuro da China; interpretações sobre as características principais da economia, da sociedade, da vida política e da cultura do país-continente.
Os analistas que contribuem com reflexões para “China Contemporânea” são Alexandre de Freitas Barbosa, autor de “A ascensão chinesa e a economia-mundo capitalista: Uma perspectiva histórica”; Alexis Dantas e Elias Jabbour, responsáveis por “Apontamentos sobre a geopolítica da China”; Wladimir Pomar, autor de “Comentários sobre a economia política chinesa”; Bruno Hendler, que assina “Crise de hegemonia e rivalidade EUA-China”; Francisco Foot Hardman é o autor de “Simultaneísmo e fusão na paisagem, na cultura e na literatura chinesa”; e Luiz Enrique Vieira de Souza finaliza a obra com “Civilização ecológica ou colapso ambiental?”.
O livro impresso custa R$ 49,80 e a versão em e-book: sai por R$ 34,90. Disponível no site da Autêntica.
Em entrevista recente ao Estado de Minas, Ricardo Musse, organizador do livro e professor do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP), diz que hoje em dia “há opiniões desencontradas sobre a China circulando no país. As pessoas têm uma natural e compreensível vontade de saber mais sobre a China”.
Um dos temas que despertam mais interesse é sobre a “Iniciativa Cinturão e Rota”, apelidada de “Nova Rota da Seda”, que fortalecerá a ligação da Ásia com o resto do mundo. Mais recentemente, a Iniciativa tomou corpo na América do Sul, com a adesão da Argentina.
Conforme Musse, “a China é um país cujo modelo de desenvolvimento nos últimos 40 anos se deu por meio da conquista de enormes superávits, nos quais vendeu os seus produtos no mundo todo. Então, a direção da Europa é essencial, porque ali se tem o caminho quase que em linha reta na direção do mercado consumidor europeu. A China fez um acordo com a Argentina para fazer investimentos de US$ 23 bilhões nessa direção, para incrementar o comércio e a produção numa parceria que começa a chegar na América do Sul”.